quarta-feira, 20 de março de 2019

“A PROFECIA DO APARECIMENTO E DO REAPARECIMENTO DO MESSIAS”

“A PROFECIA DO APARECIMENTO E DO REAPARECIMENTO DO MESSIAS”

Introdução:

A vinda do Messias foi profetizada muitos séculos antes em uma formidável profecia dada pelo Eterno ao profeta Daniel.

No capítulo 2, versos 31 a 45, Daniel registra uma profecia sobre o florescimento dos futuros Impérios Medo-Persa, Grego e Romano, em um tempo que, se olhado exclusivamente da ótica humana, seria absolutamente impossível que a hegemonia do grande Império Babilônico fosse quebrada, tanto é verdade que em seguida Nabucodonosor vai num ato de afronta fazer uma imensa imagem toda de ouro da cabeça até os pés, transmitindo a seguinte mensagem: a Babilônia é um império invencível e indestrutível!

Existe também o preciso e surpreendente registro profético com respeito aos principais conflitos, guerras e conspirações que se seguiriam entre o tempo da divisão do império grego (pós morte de Alexandre, até a sua conquista pelo império romano, e estão relacionados com o povo de Yisrael, conforme se pode ver No capítulo 8 de seu livro.

Daniel 9:1,2

Jeremias 25:11-12
Jeremias 29:10

O Anjo Gabriel é enviado, Daniel 9.20-23:

Enquanto Daniel intercedia fervorosamente pelo seu povo, foi interrompido (v.21). Ele aparentemente tinha a intenção de orar mais (v.20) quando Gabriel chegou. A interrupção veio pelo toque da mão do anjo Gabriel (v.21), à hora do sacrifício da tarde. Isto faz referência ao sacrifício diário da tarde que era oferecido enquanto o Beit haMikdash (o Templo de Adonai em Yerushalayim) permanecia, mostrando o profundo desejo de Daniel pelo retorno do cativeiro e pela restauração do Templo pois estava orando na hora do sacrifício.

Os versículos subsequentes vão mostrar que os propósitos do envio de Gabriel por Adonai foram:
a- Corrigir o entendimento de Daniel quanto ao tempo do estabelecimento do Reino Messiânico.
b- Apresentar a revelação de Deus, quanto ao tempo da vinda do Messias.

O Decreto dos 70 Semanas:

A profecia entregue por Gabriel a Daniel, de acordo com Daniel 9:24, inicia dizendo:

"Setenta semanas estão decretados sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade...".

Neste versículo, em lugar da palavra semanas, aparece a palavra hebraica shavuim, plural da palavra shavua. Esta palavra é utilizada nos escritos da Antiga Aliança como um período de "sete". De acordo com a Strong’s Concordance, esta palavra pode se referir a um período de sete de qualquer coisa, seja de dias, ou semanas, ou meses, ou anos, etc, sendo que será o contexto em si que determinará o significado do período. Aqui, é evidente que Daniel estava pensando em termos de ANOS - especificamente a respeito dos 70 anos do cativeiro. Como Daniel entendeu, pelos escritos da antiga aliança (escritos estes erroneamente chamado de antigo testamento), que o cativeiro duraria 70 anos, passou a supor também que o Reino Messiânico seria estabelecido depois destes 70 anos, ou seja, nos seus dias. Mas então veio o anjo Gabriel, para dizer a Daniel que o Reino do Messias, não viria depois daqueles 70 anos de cativeiro, mas sim depois de 70 Shavuim (70 Setes), ou seja, pelo contexto, depois de 70 setes de anos, totalizando um total de 490 anos (70 vezes sete); mas ainda sim, Daniel deveria ir até o fim conforme pode se ver em Daniel 12:13.

Este período de 490 anos fora decretado sobre o povo de Daniel -- o povo Judeu, e sobre a santa cidade de Yerushalayim. A palavra hebraica traduzida por "decretados" é chatak, que de acordo com a Concordância de Strong, assume no tempo Niphal (o qual é utilizado neste versículo, com respeito a este verbo) o significado de "estar determinado".

Nos capítulos 2, 7 e 8, O Eterno revelou a Daniel o tempo da história da humanidade em que as nações gentílicas teriam um papel dominante sobre o povo descendência física de Abraão (chamado de tempo dos gentios). Este longo período, que começou com o Império Babilônico, irá terminar com o estabelecimento do Reino do Messias. Então, foi dito ao profeta, que durante todo o tempo dos gentios, haveria 490 anos que seriam contados para o cumprimento da restauração final de Yisrael e para o estabelecimento do Reino do Messias no seu reaparecimento.

O ponto focal deste período de 70 setes de anos seria "o teu povo... (e) a tua santa cidade". O povo do profeta Daniel é o povo de Israel, e a sua santa cidade é a cidade de Yerushalayim (Jerusalém). Embora tivesse passado a maior parte dos seus dias na Babilônia, a mensagem do SENHOR através do anjo era que a cidade de Daniel era Yerushalayim. Isto mostra que na ótica do Eterno, a cidade do povo de Yisrael sempre será Yerushalayim, esteja onde estiver.

O Propósito dos 70 Shavuim, Daniel 9.24:

Verso 24 - Setenta shavuim estão decretados sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para acabar a transgressão, para dar fim aos pecados, para fazer expiação da iniquidade, para trazer uma Era de Justiça.

Foi dito a Daniel por Gabriel, que os 70 Shavuim (70 Setes) eram para levar a cabo seis propósitos:

1º propósito: acabar a transgressão. Isso se dará no ressurgimento do Messias no fim das 70 semanas onde ocorrrerá o arrebatamento pois os que forem arrebatados não mais pecarão; e será finalizado plenamente no momento para se adentrar no Novo Céu e na Nova Terra após o juízo final, na Eternidade.

2º propósito: dar fim aos pecados. Isso se dará no Reino Messiânico (veja por exemplo, Ezequiel 36:24-31) após o fim das 70 semanas; e tal fim se cumprirá plenamente também no momento para se adentrar no Novo Céu e na Nova Terra após o juízo final, na Eternidade.

3º propósito: fazer expiação da iniquidade. A palavra hebraica traduzida por fazer expiação é kaphar, e aparece em vários trechos do Tanach no mesmo tempo verbal (Piel) tendo o mesmo significado [exemplos: Vayikra (Levítico) 16:10,20,27,34]. Esta palavra tem a mesma raiz da palavra kippur, conhecida por formar a palavra referente ao encontro anual com o Eterno (moed) conhecido no Tanach como Yom haKippurim [Dia das Expiações - Vayikra (Levítico) 23:27 e 25:9], quando o Cohen haGadol entrava no Kodesh haKadashim (Santo dos Santos) para aspergir o sangue da oferta pelo pecado sobre o Kapporeth, a favor de toda a nação de Yisrael (ver Vayikra [Levítico] 16); aprendemos na carta aos hebreus que O Ungido está na condição de Sumo Sacerdote fazendo contínua intercessão por seus servos, pelo seu povo, diante de Deus, sendo assim, estamos profeticamente em um período de Yom Kippur; podemos dizer que o Ungido está atualmente dentro do Santo dos Santos, na presença do ETERNO, e dela sairá no fim das 70 semanas onde ocorrerá o seu ressurgimento.

4º propósito: trazer uma Era de Justiça. A palavra traduzida por Era é olam e embora também possa significar algo para sempre, é melhor traduzida aqui por Era, na medida que esta Era de Justiça a respeito da qual o trecho se refere é a própria Era Messiânica (ou Reino do Messias), confirmado pelos profetas (ver por exemplo Isaías 11:1-9, a respeito do futuro Reino do Messias, descrito no trecho como um Reino firmado na Justiça). É exatamente esta Era Messiânica que Daniel esperava ver estabelecida ao fim daqueles 70 anos de cativeiro, sendo-lhe revelado, no entanto, que ela viria somente após a contagem de 490 anos proféticos.

*5º propósito: selar a visão e a profecia. A palavra hebraica traduzida por selar, a saber, a palavra chatam, transmite a ideia, pelo contexto, de cumprir completamente ou fazer cessar. Assim, a visão e a profecia serão completamente cumpridas. Chegará o dia que todas as profecias da Palavra de Deus serão cumpridas e por isso, elas cessarão; isso se dará no fim das 70 semanas e mais plenamente no momento que se adentrar na eternidade em o Novo Céu e a Nova Terra pós juízo final.

*6º propósito: ungir o Santo dos Santos. Certamente que isso é uma referência ao Beit haMikdash (Templo) que estará no seu devido lugar quando o Messias estiver reinando sobre a terra no invencível e indestrutível Reino de Deus (ver Zacaias 6:12-13), e à vinda da Shekinah (Presença) e da Kavod (Glória) do Eterno para este Templo.

O Início da Contagem dos 70 Shavuim, Daniel 9.25:

Verso 25 - "Sabe, então, e entende: desde a liberação da ordem para restaurar e edificar Yerushalayim até Mashiach, Ungido, Príncipe, sete shavuim e sessenta e dois shavuim..."

Foi dito claramente a Daniel quando os 70 Setes deveriam começar a ser contados. Gabriel disse "Sabe, então, e entende: desde a liberação da palavra para restaurar e edificar Yerushalayim...". Os 70 setes se iniciariam com um decreto relativo à reconstrução da cidade de Jerusalém. Dos registros históricos e bíblicos, temos os seguintes decretos relacionados com a restauração do povo Judeu do cativeiro babilônico:

1)    O decreto de Ciro, relativo a reconstrução do Templo, conforme 2 Crônicas 36:22-23 e Esdras 1:1-4.
2)    O decreto de Dario Hispates, conforme Esdras 6:6-12, que foi uma reafirmação do decreto de Ciro, a fim de que a reedificação do Templo continuasse.
3)    O decreto de Artaxerxes para Esdras, conforme Esdras 7:11-26, para que a adoração do Templo continuasse.
4)    O decreto de Artaxerxes para Neemias, conforme Neemias 2:1-8, autorizando a reedificação da cidade de Jerusalém.
Enquanto os três primeiros decretos estão relacionados com a reedificação do Templo e a continuidade de sua adoração, o quarto decreto é específico à restauração da cidade de Jerusalém, donde concluímos que o decreto de restauração da cidade de Jerusalém do cativeiro babilônico é o de Artaxerxes, em 457a.C, conforme Neemias 2:1-8. Deste modo, foi com a emissão deste decreto que foi iniciada a contagem dos 70 Setes.

Os Primeiros 69 Shavuim (69 Setes), Daniel 9.25:

Verso 25 - "Sabe, então, e entende: desde a liberação da ordem para restaurar e edificar Yerushalayim até Mashiach, Princípe, sete shavuim e sessenta e dois shavuim. As ruas e fossos serão reedificados, porém em tempos de aflição."

Os 70 Shavuim (70 Setes) são divididos em três blocos - 7 Setes, 62 Setes e 1 Sete. Durante o primeiro período de 7 Setes, ou seja, de 7 x 7 = 49 anos, Jerusalém seria reedificada, porém em tempos angustiosos. O segundo bloco de tempo (62 Setes = 62 x 7 = 434 anos) seguiram imediatamente o primeiro bloco, totalizando então os dois primeiros blocos 69 Setes = 69 x 7 = 483 anos.

Então a profecia nos diz que o ponto de fim dos 69 Setes o aparecimento ou surgimento do: "Mashiach, Ungido Princípe". Assim, esta profecia nos ensina claramente que 483 anos depois da emissão do decreto para reedificação da cidade de Jerusalém, um Mashiach estaria aqui na terra; os 483 anos culminam em 27d.C., na morte, ressurreição, e ascensão do Messias, Ungido, Príncipe.

Os Eventos entre o 69º Sete e o 70º Sete, Daniel 9.26:

Verso 26 - "E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Mashiach e não estará. E a cidade e o santuário serão destruídos por um povo de um príncipe que ainda virá, e o fim da cidade será avassalador (como num dilúvio) e até o (tempo do) fim, guerras e destruições estão determinadas."

Embora o primeiro e o segundo bloco de Setes tenham sidos subsequentes, a Escritura ensina que o terceiro bloco de Sete não seguiria imediatamente o segundo bloco. De acordo com o verso 26, três coisas deveriam ocorrer depois do segundo bloco de setes e antes do início do terceiro bloco.

A primeira coisa que a Escritura ensina que ocorreria depois do fim do segundo bloco de Setes é que o Mashiach, Ungido, seria cortado e já não estaria. A palavra hebraica traduzida por cortado é karat. Esta palavra assume em outros trechos da Escritura o significado de morrer e perecer (ver por exemplo Levítico 17:14). A Escritura é clara ao ensinar que após o fim do segundo bloco de Setes, Mashiach seria morto.

A segunda coisa que a Escritura ensina que ocorreria depois é que "a cidade (de Yerushalayim) e o santuário serão destruídos pelo povo de um príncipe que ainda virá, e o fim da cidade será avassalador (como num dilúvio)".

O Tanach está mostrando que a cidade de Jerusalém, que seria reedificada a partir do decreto que iniciaria a contagem dos 70 Setes, seria destruída, bem como o seu Templo. Assim, algum tempo depois que o Messias fosse morto, a cidade de Jerusalém e o seu Templo sofreriam outra destruição.

Nosso conhecimento de história quanto a este período é historicamente e extremamente acurado e claro: o povo responsável pela destruição da cidade e do Templo foram os Árabes revoltosos que compunham o exército do General Tito que contra a vontade dele e de Roma simplesmente invadiram a cidade de Jerusalém e destruíram a cidade e o Templo (de acordo com os livros guerra dos judeus, do historiador judeu Flávio josefo também conhecido como Yosef ben Mattityahu); e esta destruição ocorreu em 70d.C.,. De acordo com este versículo, o Mashiach deveria vir e morrer antes do ano 70 E.C. Só deixando claro que o ‘príncipe’, onde se diz “o povo do príncipe que há de vir” não é Tito e sim o Anticristo, o povo do anticristo eram aqueles que faziam parte do exército de Tito e que fizeram o que fizeram com Jerusalém e com o Templo, no ano 70d.C.,.

A segunda coisa que a Escritura ensina que ocorreria é que "até o (tempo do) fim guerras e destruições estão determinadas". Isto mostra que depois da destruição de Jerusalém em 70d.C.,. no tempo que restasse entre o 69º Sete e o 70º Sete, a terra de Yisrael seria caracterizada por um estado de ausência de shalom, por meio de conflitos e desolações e guerras. Isto seria a preparação para o fim, o 70º Sete.

O 70º Sete, Daniel 9.27:

Verso 27 - "E ele confirmará uma aliança (b´rit) com muitos por um sete (shavua), e na metade do sete ele fará cessar o sacrifício e oferta, e como sobre asas, (virá) a Abominação desoladora, até que no fim, a destruição venha sobre ele"

Nesse período de 7 anos finais das 70 semanas de anos, ocorrerá a aliança de paz feita pelo anticristo que será muito possivelmente um líder árabe que fará um acordo de paz entre Israel e os povos árabes ismaelitas que rodeiam Israel e que vivem em conflito por muitos séculos; Na metade dos 7 anos o acordo será quebrado, e aí começa a grande tribulação, a grande e singular perseguição sobre o povo de Deus e muitos juízos divinos serão derramados sobre a terra; será após estas coisas que ocorrerá o arrebatamento na segunda vinda visível e gloriosa do Messias na presença dos santos anjos de Deus em direção a Israel. Repito, será no fim destas setentas semanas de anos proféticas sobre Israel e sobre Jerusalém, após a plenitude dos gentios houver entrado, que a estátua de Daniel 2 será atingida nos pés e então cairá por terra, e isso ocorrerá na vinda gloriosa da Pedra, a saber, no ressurgimento ou no reaparecimento do Ungido, do Messias, que virá para a grande batalha do Armagedom; e será nessa decida gloriosa que será realizado o tão aguardado arrebatamento, enquanto o Messias continua a descer em direção ao monte das oliveiras e aniquilar o anticristo e seu exército anti-semita no Vale de Megido. Não sabemos o dia nem a hora que o Messias virá, simplesmente porque não foi revelado o ano exato em que se iniciará a última semana, se amanhã, se daqui a duas semanas, se daqui a um ano, se daqui a cinquenta anos, se daqui a cem anos, se daqui a quinhentos anos, se daqui a mil anos, etc.

Fiquemos de olho na figueira, fiquemos de olho em Israel, fiquemos de olho no oriente médio, pois será lá que o anticristo se levantará em alguma parte de todo o território dominado por Alexandre o Grande e que veio a ser dividido entre seus quatro generais após sua morte ainda jovem!


Mateus 24:32-35 diz: “Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas. Em verdade vos digo que não passará esta geração [a geração da qual ele está falando e não a geração para a qual ele está falando] sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão".

 Israel é a figueira!

Graça E Paz!

Pr. Thiago G. Sanchez

Nenhum comentário:

Postar um comentário