sábado, 16 de março de 2019

“A DOUTRINA DA RESSURREIÇÃO CORPORAL EM 1 CORÍNTIOS 15”


Temática: “A DOUTRINA DA RESSURREIÇÃO CORPORAL EM 1 CORÍNTIOS 15”


Texto Chave: 1 Coríntios 15:16-18 “Porquanto, se OS MORTOS NÃO RESSUSCITAM, nem o próprio Cristo foi ressuscitado! E, se CRISTO NÃO RESSUSCITOU, a vossa fé para nada serve, e CONTINUAIS A VIVER EM VOSSOS PECADOS. Sendo assim, também OS QUE DORMIRAM EM CRISTO ESTÃO PERDIDOS.

Paulo nesse capítulo vai começar falando sobre a certeza da ressurreição de Cristo em carne, deixando claro que existiam testemunhas que o viram ressurreto, e que ele próprio é uma destas testemunhas; eles deveriam crer não apenas porque foi escrito que Jesus ressuscitou e porque esta era a mensagem apostólica, mas principalmente porque até aquele presente momento muitas testemunhas que o viram, para as quais ele apareceu vivo e ressurreto, se encontravam vivas, como se pode ver nos versos 1-8 “Irmãos, lembro-vos do Evangelho que vos preguei, o qual também recebestes e no qual estais firmes. Por meio dele também sois salvos, desde que vos apegueis com convicção à Palavra que vos anunciei; caso contrário, tendes crido em vão. Porquanto, o que primeiramente vos transmiti foi o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou no terceiro dia, conforme as Escrituras, e apareceu a Pedro e depois aos Doze. Depois disso, apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma vez, a maioria dos quais ainda vive, embora alguns já tenham adormecido. Mais tarde apareceu a Tiago, e a todos os apóstolos. E, depois de todos, apareceu igualmente a mim, como a um que nasceu fora do tempo.”
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A nível de informação e conhecimento:

Os gregos, em geral, criam na imortalidade da alma (só lembrando que os Egípcios também), mas os gregos não aceitavam a ressurreição do corpo. Para eles a ressurreição do corpo era coisa inimaginável devido ao fato de que consideravam o corpo como a fonte da fraqueza e pecado humanos. A morte, portanto, era bem-vinda, uma vez que através dela a alma seda libertada do corpo; mas a ressurreição não era bem-vinda, porque isto constituiria outra descida da alma à sepultura do corpo. Foi esse o ceticismo que Paulo enfrentou em Atenas (Atos 17:16,30-32 Enquanto Paulo esperava por seus companheiros em Atenas, ficou profundamente indignado ao perceber que a cidade tinha ídolos por toda parte ... Em épocas passadas, Deus não levou em conta essa falta de sabedoria, mas agora ordena que todas as pessoas, em todos os lugares, cheguem ao arrependimento. Porque determinou um dia em que julgará o mundo com o rigor de sua justiça, por meio do homem que para isso estabeleceu. E, quanto a isso, Ele deu provas a todos, ao ressuscitá-lo dentre os mortos! Entretanto, alguns deles, assim que ouviram falar sobre a ressurreição dos mortos, começaram a dizer zombarias, e outros, ainda, exclamavam: Sobre esse assunto te daremos ouvidos numa outra oportunidade”.)

No caso dos saduceus, na concepção destes, morreu acabou, no sentido de que a alma não sobrevive, não existe fora do corpo; sendo assim nem juízo final haverá; pois neste caso, ao dar o último suspiro de vida nesse mundo, ao fechar os olhos para esse mundo, na concepção dos saduceus, a alma extingue para sempre; OS PRÓPRIOS SADUCEUS NÃO CRIAM EM RESSURREIÇÃO E NEM EM SOBREVIVÊNCIA DA ALMA DESCONECTADA DO CORPO (Mateus 22:23 Naquele mesmo dia, os saduceus, que pregam a inexistência da ressurreição, aproximaram-se de Jesus com uma questão...”). Neste caso não importa se a pessoa vivia como justa ou ímpia, o fim é igualmente o mesmo, a saber, o extinguir da alma para sempre após a morte; então pra que viver uma vida regrada e disciplinada? coma, beba, se alegre, “aproveite” a vida ao máximo que puder enquanto está vivo, faça tudo o que sentir vontade de fazer, pois só lhe resta esta vida passageira.

No caso dos fariseus, na concepção destes, morreu não acabou, na pessoa concepção destes quem morria em seus pecados que não foram expiados, existia na condição de alma fora do corpo, e passaria pela ressurreição, seja para a vida, seja para a morte (para a perdição, para a condenação); OS PRÓPRIOS FARISEUS CRIAM NO QUE SE REFERE A MORREU NÃO ACABOU (Atos 23:6-8 Contudo, sabendo Paulo que uma parte do Sinédrio se compunha de saduceus e outra de fariseus, bradou diante de todos: Irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseus. Eis que estou sendo julgado por causa da minha esperança na ressurreição dos mortos! Ao proferir essas palavras, estabeleceu-se uma violenta polêmica entre os fariseus e os saduceus e a assembleia ficou dividida. Porquanto, os saduceus afirmam que não existe ressurreição nem anjos nem espíritos. Os fariseus, porém, acreditam em tudo isso.”).

No caso dos crentes de Corínto, estes, por sua vez, tinham aceitado a ressurreição dos mortos, incluíndo a de Cristo; mas sob a influência da filosofia grega, alguns duvidavam da ressurreição física dos cristãos, mas continuavam crendo na de Cristo, talvez continuavam crendo na ressurreição de Cristo por saberem que Cristo foi justo e santo em todo seu viver, mas deixaram de crer na ressurreição dos crentes nele por serem todos estes pecadores; Paulo então escreve o que escreve em 1 Coríntios 15:12-19 “Ora, se tem sido proclamado que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como é possível que alguns dentre vós afirmais que não existe ressurreição dos mortos? Então, se não há ressurreição dos mortos, nem mesmo Cristo ressuscitou; e, se Cristo não ressuscitou, é inútil a nossa pregação, como igualmente é improdutiva a vossa fé. Pior que isso, seremos considerados falsas testemunhas de Deus, porque contra Ele testemunhamos que ressuscitou a Cristo dentre os mortos. Todavia, se é verdade que os mortos não ressuscitam, então, Ele também não ressuscitou a Cristo. Porquanto, se os mortos não ressuscitam, nem o próprio Cristo foi ressuscitado! E, se Cristo não ressuscitou, a vossa fé para nada serve, e continuais a viver em vossos pecados. Sendo assim, também os que dormiram em Cristo estão perdidos. Ora, se a nossa esperança em Cristo se restringe apenas a esta vida, somos os mais miseráveis de todos os seres humanos.”

Paulo também vai desenvolver uma necessária e importante conexão entre a ressurreição de Cristo e a dos crentes em Cristo no versos 20-34 “No entanto, em realidade, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo Ele o primeiro dos frutos dentre aqueles que dormiram. Porque, assim como a morte veio por um homem, da mesma forma, por um homem veio a ressurreição dos mortos. Porquanto, assim como em Adão todos morrem, em Cristo todos serão vivificados. Contudo, cada um por sua vez: Cristo, o primeiro; logo depois, os que são de sua propriedade na sua vinda. Então virá o fim, quando Ele entregar o Reino a Deus, o Pai, depois de ter destruído todo domínio, potestade e poder. Porque é necessário que Ele reine até que absolutamente todos os seus inimigos sejam prostrados debaixo de seus pés. E o último inimigo que será destruído é a Morte. Pois Ele tudo sujeitou debaixo de seus pés. Porquanto, quando se afirma que tudo lhe foi submetido, é evidente que isso não inclui o próprio Deus, que conduziu todas as coisas à submissão de Cristo. Todavia, quando tudo lhe estiver sujeito, então o próprio Filho se submeterá àquele que todas as coisas lhe colocou aos pés, a fim de que Deus seja absolutamente tudo em todos. Se não há ressurreição, que farão aqueles que se batizam pelos mortos? Se, de maneira alguma, os mortos não ressuscitam, por qual razão então se batizam em benefício deles? De igual modo, nós mesmos, por que estamos nos expondo a perigos o tempo todo? Todos os dias enfrento a morte! E afirmo isso, irmãos, porquanto sois meu orgulho em Cristo Jesus, nosso Senhor. Portanto, se foi simplesmente por razões humanas que lutei com feras em Éfeso, que lucro obtive nisso? Ora, se os mortos não ressuscitam: comamos e bebamos, pois amanhã morreremos. Não vos enganeis! As más companhias corrompem os bons costumes. Como justificados que sois, recobrai o bom senso e não pequeis mais; porque alguns ainda não têm conhecimento de Deus; declaro isso para vossa vergonha.”

Em seguida Paulo aborda certas objeções que poderiam ser levantadas. Vrs 35-57 “Entretanto, é possível que alguém questione: Como ressuscitam os mortos? E com que espécie de corpo ressurgirão? Insensato! O que semeia não nasce a não ser que primeiro morra. Quando semeais, não semeais o corpo que virá a ser, mas apenas uma simples semente, assim como a semente de trigo ou outra qualquer. Mas Deus lhe dá um corpo, como determinou, e a cada espécie de semente dá seu corpo apropriado. Nem toda carne é da mesma espécie: os seres humanos têm uma espécie de carne, enquanto os animais possuem outra, as aves outra, e os peixes uma outra diferente. Também existem corpos celestes e corpos terrestres; todavia, um é o esplendor dos corpos celestiais, e outro diferente é o brilho dos corpos terrestres. Um é o esplendor do sol, outro da lua, e outro ainda o fulgor das estrelas; e as estrelas diferem em luminosidade umas das outras. Assim será com a ressurreição dos mortos. O corpo que é semeado é perecível e ressuscita imperecível; é semeado em desonra, mas ressuscita em glória; é semeado em fraqueza, porém ressuscita em poder; é semeado um corpo natural, contudo ressuscita um corpo espiritual. Ora, se há corpo natural, há também corpo espiritual. Da mesma forma, está escrito: Adão, o primeiro homem, foi feito alma vivente; o último Adão, no entanto, é espírito vivificante! Assim, não foi o espiritual que veio primeiramente, mas sim o natural; depois dele então, chegou o espiritual. O primeiro homem foi formado do pó da terra, o segundo homem é dos céus. Os que são da terra são semelhantes ao homem terreno; os que são dos céus, ao homem celestial. Assim como obtivemos a imagem do homem terreno, receberemos de igual modo a imagem do homem celestial. Contudo, irmãos, eu vos afirmo que carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus, nem o que é perecível pode herdar o imperecível. Eis que eu vos declaro um mistério: nem todos adormeceremos, mas certamente, todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta. Porquanto a trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados. Pois é impreterível que este corpo que perece se revista de incorruptibilidade, e o que é mortal, se revista de imortalidade. No momento em que este corpo perecível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal, for revestido de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: Devorada, pois, foi a morte pela vitória! Onde está, ó Morte, a tua vitória? Onde está, ó Morte, o teu aguilhão? Porquanto, o aguilhão da Morte é o pecado, e o poder do pecado é a Lei. Contudo, graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo!”

SENDO ASSIM: Morreu NÃO acabou, a alma existe fora do corpo sim, não como alma penada perambulando pelo mundo como fantasmas (quem faz isso são demônios, anjos das trevas!), a ressurreição de Cristo e dos que crêem em Cristo é algo verdadeiro, existe sim um juízo final (os próprios fariseus criam assim, e Paulo mesmo era fariseu). Sendo assim, Cristo morreu pelos pecados de outros para fazer expiação por estes conforme Isaías 53, Cristo ressuscitou para justificação destes, e o mesmo Cristo é a garantia de que os que crêem nele, e depositam e conservam a esperança nele no tocante a salvação e a ressurreição para a vida eterna, ainda que morram, estes igualmente ressuscitarão e viverão assim como ele! V 16-20,23,32b,58 “Porquanto, se OS MORTOS NÃO RESSUSCITAM, nem o próprio Cristo foi ressuscitado! E, se CRISTO NÃO RESSUSCITOU, a vossa fé para nada serve, e CONTINUAIS A VIVER EM VOSSOS PECADOS. Sendo assim, também OS QUE DORMIRAM EM CRISTO ESTÃO PERDIDOS. Ora, se a nossa esperança em Cristo se restringe apenas a esta vida, somos os mais miseráveis de todos os seres humanos. No entanto, em realidade, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo Ele o primeiro dos frutos dentre aqueles que dormiram” ... “Contudo, cada um por sua vez: Cristo, o primeiro; logo depois, os que são de sua propriedade na sua vinda.” ... “Portanto, meus amados irmãos, permanecei firmes e que absolutamente nada vos abale” ... “...Ora, se os mortos não ressuscitam: comamos e bebamos, pois amanhã morreremos” ... “Dedicai-vos, dia após dia, à obra do Senhor, plenamente conscientes de que no Senhor, todo o vosso trabalho jamais será improdutivo.”

CONCLUSÃO: Se fosse verdade que não há ressurreição, então morreríamos todos cheios de pecados e DEFINITIVAMENTE perdidos, porque simplesmente seríamos julgados na condição de almas a parte do corpo já no pó, e seríamos sentenciados à perdição, seríamos condenados, no juízo final! Não existe ressurreição para a vida fora de Cristo; renda-se a ele como teu Senhor e Salvador pessoal!

Graça E Paz!

Thiago G. Sanchez

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