sexta-feira, 16 de agosto de 2019

"A CIDADE DE JERUSALÉM"


"A CIDADE DE JERUSALÉM"

Texto: 1Cr 11.7,8 diz: “E Davi habitou na fortaleza, pelo que se chamou a Cidade de Davi. E edificou a cidade ao redor, desde Milo até completar o circuito; e Joabe renovou o resto da cidade.”

HISTÓRIA DA CIDADE DE JERUSALÉM. 

A primeira referência à cidade de Jerusalém é sem dúvida Gn 14.18, onde Melquisedeque é citado como rei de Salém (isto é, Jerusalém). 

Na época dos israelitas cruzarem o Jordão para entrarem na terra prometida, a cidade chamava-se “da banda dos jebuseus” (Js 15.8) ou “Jebus” (11.4). Deixou de ser capturada durante a conquista de Canaã por Josué e permaneceu em mãos dos cananeus até o tempo em que Davi chegou ao reino. O exército de Davi tomou Jebus de assalto, e Davi fez dela a sua capital (2Sm 5.5-7; 1Cr 11.4-7). 

Jerusalém serviu de capital política de Israel durante o reino unido e, posteriormente, do reino do Sul, Judá. Salomão, sucessor de Davi, edificou o templo do Senhor em Jerusalém (1Rs 5—8; 2Cr 2—5), de modo que a cidade também tornou-se o centro religioso de adoração ao Deus do concerto.

Por causa dos pecados de Israel, Nabucodonosor de Babilônia sitiou a cidade em 586 a.C., e finalmente a destruiu juntamente com o templo (2Rs 25.1-11; 2Cr 36.17-19). 

Jerusalém permaneceu um montão de ruínas até o retorno dos judeus da Pérsia em 536 a.C. para reedificar tanto o templo quanto a cidade (Ed 3.8-13; 5.1—6.15; Ne 3.4). 

Já nos tempos da Nova Aliança, Jerusalém voltara a ser o centro da vida política e religiosa dos judeus. 

Em 70 d.C., porém, depois de frequentes rebeliões dos judeus contra o poder romano, a cidade e o templo voltaram a ser destruídos por Árabes revoltosos que compunham o exército do general Tito e contra a vontade do general Tito e de Roma, segundo Flávio Josefo.

Quando Davi fez de Jerusalém a sua capital, esta começou a receber vários outros nomes em consonância com a sua índole; nomes como: 

1. “Sião” (2Sm 5.7); 
2. “a Cidade de Davi” (1Rs 2.10); 
3. “santa cidade” (Ne 11.1); 
4. “a cidade de Deus” (Sl 46.4); 
5. “a cidade do grande Rei” (Sl 48.2); 
6. “cidade de justiça, cidade fiel” (Is 1.26); 
7. “a Cidade do SENHOR” (Is 60.14); 
8. “O SENHOR Está Ali” (Ez 48.35); 
9. “a cidade de verdade” (Zc 8.3). 

Alguns desses nomes são proféticos para a futura cidade de Jerusalém.

O SIGNIFICADO DE JERUSALÉM PARA OS ISRAELITAS. 

A cidade de Jerusalém tinha um significado especial para o povo de Deus do Antiga Aliança. 

(1) Quando Deus relembrou sua lei diante dos israelitas na fronteira de Canaã, profetizou através de Moisés que, a determinada altura no futuro, Ele escolheria um lugar “para ali pôr o seu nome” (Dt 12.5, 11, 21; 14.23, 24). 

Esse lugar seria a cidade de Jerusalém (1Rs 11.13; 14.21) onde o templo do Deus vivo foi erigido; por isso, recebeu o nome de: “santa cidade”, “a Cidade de Deus”, e “a Cidade do SENHOR”. 

Três vezes por ano, todo homem em Israel devia ir a Jerusalém, para aparecer “perante o SENHOR, teu Deus, no lugar que escolher, na Festa dos Pães Asmos, e na Festa das Semanas, e na Festa dos Tabernáculos” (Dt 16.16; cf. 16.2, 6, 11, 15). 

(2) Jerusalém era a cidade onde Deus revelava sua Palavra ao seu povo (Is 2.3); era, portanto, “do vale da Visão” (Is 22.1). 

Era, também, o lugar onde Deus reinava sobre seu povo Israel (Sl 99.1,2; cf. 48.1-3, 12-14). 

Logo, quando os israelitas oravam, eram ordenados a orar “para a banda desta cidade” (1Rs 8.44; cf. Dn 6.10). 

As montanhas que cercavam Jerusalém simbolizavam o Senhor rodeando o seu povo com eterna proteção (Sl 125.1,2). 

Em essência, portanto, Jerusalém era um símbolo de tudo quanto Deus queria para o seu povo. 

Sempre que o povo de Deus se congregava em Jerusalém, todos deviam lembrar-se do poder soberano de Deus, da sua santidade, da sua fidelidade ao seu povo e do seu compromisso eterno de ser o seu Deus. 

(3) Quando o povo de Deus destruiu seu relacionamento com Ele por causa da sua idolatria e de não querer obedecer aos seus mandamentos, o Senhor permitiu que os babilônicos destruíssem Jerusalém, juntamente com o templo. 

Quando Deus permitiu a destruição desse antigo símbolo da sua presença constante entre os seus, estava dando a entender que Ele pessoalmente estava se retirando do seu povo. 

Note que a promessa de Deus, de um “concerto eterno” com seu povo, sempre dependia da condição prévia da obediência deles à sua vontade revelada.

Dessa maneira, Deus estava advertindo o seu povo, daqueles tempos e de agora, que todos devem permanecer fiéis a Ele e obedientes à sua lei, se quiserem continuar a desfrutar de suas bênçãos e promessas.

O SIGNIFICADO DE JERUSALÉM PARA A IGREJA CRISTÃ. 

A cidade de Jerusalém também era importante para a igreja cristã. 

(1) Jerusalém é a sede mundial da Igreja de Cristo (At 15.1-31; Gl 2.1-10).

A partir daquela cidade, a mensagem do evangelho de Jesus o Cristo espalhou-se “até aos confins da terra” (At 1.8; cf. 24.47). 

Assim será também na Era Messiânica Milenar, será de Jerusalém que sairá a lei, Torah, ensino, instrução, para todas as Nações do, mundo existentes.

A igreja de Jerusalém é a igreja-mãe de todas as igrejas, e a igreja a qual pertenciam os apóstolos (At 1.12-26; 8.1). 

(2) Os Escritos da Nova Aliança reiteram boa parte do significado da Jerusalém da Antiga Aliança, mas com uma nova aplicação: de uma cidade terrena para uma cidade celestial. 

Noutras palavras, a Jerusalém terrena é uma sombra da Jerusalém celestial. 

Paulo fala a respeito de Jerusalém “que é de cima”, que é nossa mãe (Gl 4.26). 

O livro de Hebreus indica que, ao virem a Cristo para receber a salvação, os crentes não chegaram a uma montanha terrestre, mas “ao monte de Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial” (Hb 12.22). 

E, ao invés de preparar uma cidade na terra para Seu povo, O Eterno preparou a nova Jerusalém, que um dia descerá “do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido, no novo céu e na nova terra.” (Ap 21.2; cf. 3.12). 

Naquele grande dia, as promessas da Aliança serão plenamente cumpridas: 

“Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus” (Ap 21.3). 

Deus e o Cordeiro reinarão para sempre e sempre no seu trono, nessa cidade santa (Ap 22.3). 

(3) A cidade de Jerusalém terrestre ainda tem um papel futuro a desempenhar no reino milenar de Deus? Sim!

Isaías em 65.17 do seu livro fala de “céus novos e nova terra” (Is 65.17), e em seguida apresenta um “Mas” enfático sobre a grandeza da Jerusalém terrena, no versículo 18. 

O restante do cap. 65 trata das condições mileniais. 

Muitos crêem que quando Cristo voltar para estabelecer o reino de Deus messiânico milenial de forma física (Ap 20.1-6), Ele porá o seu trono na cidade de Jerusalém. 

Depois do julgamento do grande trono branco (Ap 20.11-15), a Jerusalém celestial descerá do novo céu, na nova terra, como a sede do reino eterno de Deus o Pai e todos o servirão para sempre.

Pr. Thiago G. Sanchez

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