sexta-feira, 21 de junho de 2019

"O TANQUE DE BETESDA" (DIFERENCIADA)


Texto: João 5: 3,4 JFA-RA diz:  "3 Nestes jazia grande multidão de enfermos, cegos, mancos e ressequidos [esperando o movimento da água. 4 Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque, e agitava a água; então o primeiro que ali descia, depois do movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse]"

Observe que na Bíblia JFA-RA (João Ferreira de Almeira Revista e Atualizada), há uma grande parte entre colchetes, e em seguida prossigamos em nosso estudo e veremos o porque deste colchete, o porque que foram postos na Biblia tradução Revista e Atualizada de João Ferreira de Almeida...

A  cura  do  paralítico  junto  ao  tanque  de  Betesda,  consiste  num dos mais  conhecidos milagres  de Cristo,  e isso talvez em virtude dos estranhos elementos que cercam a narrativa,  como a descida periódica de  um  anjo,  o  movimento  das  águas  e  a  cura  que  vinha  somente  ao primeiro que entrasse no tanque. 

Só que tem um PORÉM!

A parte final de João 5.3, “esperando  que  se  movesse  a  água...”,  e  todo  o  versículo  4 apresentam  sérios  problemas  textuais,  parecendo  não  fazer  parte  do  texto original do evangelho.

A versão de Almeida Revista e Atualizada (JFA-RA)  inclui toda a expansão no versículo 4, assinalando-a com colchetes.

O verso 4 está ausente nos melhores  e  mais  antigos  mss. (manuscritos)  gregos,  como  os  Códices  Sinaítico  e  Vaticano  e  dois  dos  Papiros  Bodmer  (P66  e  P75),  que  estão  entre  as  mais  antigas cópias do evangelho de João; e também está ausente das versões Siríaca Curetoniana,  Copta  Saídica, alguns  mss. (manuscritos)  da  Antiga  Latina  e  o  verdadeiro texto da Vulgata de Jerônimo. 

Outro importante fator é  que,  em mais  de 20 mss. (manuscritos)  gregos  que contêm a  leitura  do verso 4, tem ela assinalada como espúria (de outra autoria; ou seja, não pertence originalmente a João, não foi escrita por ele, mas introduzida posteriormente a partir de determinado momento após o século V, por copistas), tal verso é destacados por meio de sinais.  

Por  fim,  os  demais  mss. (manuscritos)  que incluem o versículo 4  apresentam tanta variedade de formas em que o  texto  foi  transmitido  que  sua  integridade  textual  fica  seriamente comprometida.

Assim,  embora  a  leitura  pareça  remontar  a  uma  época bastante  antiga,  como demonstram o Diatessaron e alguns mss. (manuscritos)  antigo-latinos e coptas,  ela esteve completamente ausente da tradição manuscrita grega  até  o  século  V (quinto),  o  que  é  suficiente  para  que  seja  reputada  como secundária.

Além do mais, o versículo 4  PARECE não se harmonizar muito bem  com  o  caráter  de  Deus  e  sua  maneira  de  agir.  

SE  aceitarmos  a autenticidade desse texto que não é original de João,  então teremos de admitir que quanto mais egoísta,  determinado e forte  fosse um homem,  mais provável era que chegasse primeiro à água,  atropelando assim os mais fracos e fazendo com que muitos deles talvez até morressem à beira do tanque.  

Os mais necessitados eram justamente os menos prováveis de se beneficiar.  

Mas Deus não procede dessa forma.  

Seus dons são igualmente para todos os que estão em condições de recebê-los (cf.  Mt 7.7,  8).  

Em determinados casos,  ele  nem  estipula  condições  (cf.  Mt  5.45).  

Os  princípios implícitos nesse registro de  “curas”,  portanto,  parecem estranhamente diferentes  dos  princípios  mediante  os  quais  Jesus  efetuava  seus  milagres.

Além  disso,  seria muito mais difícil explicar como essa leitura foi omitida  dos  melhores  mss.  que  explicar  a  forma  em  que  ela  foi  introduzida  no  texto  —  por  exemplo,  como  uma  nota  marginal introduzida pelo copista,  destinada  a  explicar  o  versículo  7,  atribuindo  a  agitação  das  águas  à visita periódica de um anjo.  

Assim,  a idéia de que o primeiro a descer, depois  que  as  águas  fossem  agitadas,  ficava  curado  não  se  apresenta aqui  necessariamente como a crença do  apóstolo João ou o ensino do evangelho,  mas  apenas  como uma interpretação fundamentada em  uma NOTA MARGINAL de um copista que acabou sendo introduzido ao texto, na parte que seria o final do verso 3 e todo o verso 4, MOSTRANDO ASSIM UMA CRENDICE SUPERSTICIOSA daquele que foi o responsável por escrever esse comentário ou essa nota marginal considerada espúria por não pertencer originalmente ao escritor original do evangelho de João.

Deste modo, parece  não  restar  dúvidas,  portanto  de que o texto em questão consiste num acréscimo posterior,  que teria aparecido pela primeira vez na recensão ocidental (Antiga Latina, Diatessaron),  passando  a  seguir  para  a  cesareense,   e  vindo finalmente  a  popularizar-se  nos  mss.  bizantinos,  daí  não  podermos atribuir ao evangelista a informação sobre o  “anjo”:  é provável que ela apenas  reproduza  uma  crença  popular  derivada  de  algum  fenômeno natural  que  provocasse  certo  movimento  na  água,  e  que  essa  água possivelmente apresentasse alguma propriedade terapêutica,  o que pode ser concluído  a partir do versículo 7.

Essa  conclusão  resulta  também  das  seguintes  considerações históricas: as ruínas do antigo tanque de Betesda foram descobertas em 1888, junto às  ruínas da Basílica de Santa Ana,  na região nordeste da Cidade  Velha,  um  pouco  ao  norte  da  antiga  área  do  templo; na verdade foram descobertos dois tanques, um com 16 m de comprimento, e, o outro com 20 m. 

O primeiro tinha abóboda (cobertura encurvada) com cinco arcos, com cinco pórticos correspondentes.

Os cruzados consideraram esse o local mencionado em João 5.2, pois construíram uma capela em cima do tanque, com uma cripta imitando os cinco pórticos e uma abertura no piso por onde se descia à água.

Sobre o tanque de Betesda

Esse lugar é mencionado apenas uma vez na Bíblia, no Evangelho de João (5.2). 

A localização do tanque era próxima à “[porta ou portão] das ovelhas”, onde a palavra “porta ou portão” foi acrescentada. 

A KJV traz “mercado das ovelhas”. Confira: John 5: 2 King James Version (KJV) diz:  Agora, há em Jerusalém, pelo mercado de ovelhas, uma piscina, que é chamada na língua hebraica Bethesda, com cinco varandas.

A Porta das Ovelhas era o local onde geralmente se vendiam as ovelhas para os sacrifícios no templo (Nee 3.32 \ 12.39). 

Localizava-se no lado nordeste da cidade, perto do Templo, cerca de 600 metros de distância. 

Todas as variações mencionadas situam o tanque perto do Templo, por causa da associação de ovelhas, sacrifícios e Templo.

As escavações  revelaram  que  havia  dois  tanques  adjacentes,  um  para  o Norte e outro  para o  Sul,  e que a área em forma de  trapézio ocupada por  eles  era  cercada  por  quatro  séries  de  colunas  cobertas,  uma  de cada lado,  com uma quinta sobre o muro  de  rocha viva que separava os dois  compartimentos  do tanque (cf; Jo 5.2).  

Era na sombra dessas colunas  que  os  enfermos  de  todos  os  tipos,  descritos  no  versículo  3, abrigavam-se  do  vento  e  da  chuva,  aguardando  a  oportunidade  de cura.

O  tanque duplo  fazia parte de  um grande  sistema  de reservatórios supridos  a  partir  de  outros  mais  amplos,  chamados  Tanques  de Salomão.  

Ainda  podem  ser  vistos  restos  dos  canais  de  pedra  que levavam  a água,  perto  de  Betesda,  e um  afresco já  bastante  apagado que  ali  existe,  representando  um  anjo  por sobre  a água,  é  a prova de que para os crentes primitivos era esse mesmo o tanque mencionado por João; tal desenho pode muito bem ter sido feito tempos mais tarde.

Quanto  ao  movimento  das  águas,  o versículo  7 dá  a  impressão  de que,  além  da  água  comum,  o  tanque  também  recebia  água  de  uma fonte  intermitente,  possivelmente  uma  fonte  medicinal,  a julgar  de antigas  referências  que  falam  da  água  como  tendo  uma  tonalidade avermelhada.

Eusébio,  que diz que  os  tanques  recolhiam  a água da chuva,  fala  da  cor  “notavelmente  vermelha”  da  água, mas segundo ele esse avermelhar da água se dava por causa do fluir do sangue dos sacrifícios que eram oferecidos no Templo que ficava perto to tanque e acabava escorrendo para ali.

De  igual modo, o anônimo peregrino de Bordéus, que visitou Jerusalém no ano 333,  declara:  “A água desses tanques é turva e sua cor é escarlate”.

E,  considerando  que  algumas  das  fontes  de  Jerusalém  são intermitentes,  isto é, a água sai em grande torrente por uns momentos e logo cessa,  o  tanque de Betesda poderia ser suprido por uma dessas fontes,  que  no  caso  seria  de  cor  avermelhada  e  teria  propriedades terapêuticas,  e a pressão da água poderia facilmente agitar a calma do tanque.

Orígenes e Cirilo de Jerusalém também testificam a presença de um ribeiro cujas correntes intermitentes tinham cor avermelhada e agora se conhece um ribeiro de águas agitadas.

A encyclopédia Judaica acrescenta que tais ''escavações no local revelaram que um ritual medicinal tomava lugar ali durante o período romano''.

Com  a  omissão  do  versículo  4,  portanto,  não  há  nenhuma  razão  para  que  o  movimento  da  água  seja  atribuído  a  alguma  causa  sobrenatural.


Além  disso,  o versículo  7  não diz necessariamente que  o  primeiro  a descer,  depois  que  as águas fossem agitadas, era curado, essa interpretação se dá com base na parte b do verso 3 e o verso 4, que por sua vez não constam no códice mais antigo e que é considerado o melhor ou se não um dos melhores, ao lado do códice Vaticano. 

A tradição  do  anjo milagreiro teria sido anotada por algum copista à margem de algum mss (manuscrito),  e daí incorporada ao texto  em  cópias  posteriores.  

Tertuliano  conhecia  essa  tradição  e parecia  acreditar  ser  ela  verdadeira; ele  comentou:  “Um anjo,  com sua intervenção,  agitava  o tanque de  Betsaida.  Os  que padeciam de alguma enfermidade esperavam-no, porque o primeiro que descesse  às  aguas,  depois  de  lavar-se,  seria curado”.

Assim,  o relato pode ter tido alguma base real,  mas apenas no que concerne a alguma espécie de fonte intermitente de efeitos medicinais, que, ao fluir,  ocasionava certa agitação nas águas do tanque.  

Algumas curas ali eventualmente obtidas podem ter gerado entre o povo simples a  superstição  da  intervenção  sobrenatural de um anjo vindo do céu,  e  a crença de  que  a cura  se  limitava  apenas  ao  primeiro  que se banhasse  nas  águas  agitadas  pode  muito  bem  dever-se  tanto  à necessidade  de  explicar  a  descontinuidade  das  curas  quanto  à dificuldade  óbvia de,  na  confusão,  saber  quem  tinha  sido  o primeiro a descer.

Para concluir,  vale ressaltar,  como  observa W.  Hendriksen,  que o milagre relatado por João não é atribuído a nenhuma virtude medicinal do  tanque,  nem  ao  ministério  angélico,  mas  ao  poder  e  amor  de Jesus.
O  Salvador teria escolhido  o pior  caso,  e  o curou pelo poder de sua palavra,  talvez para demonstrar ao paralítico sua reprovação a toda aquela crença infundada  (confira: João  9:7 \ 2  Rs  5:10,14).

Se liberte de toda crendice supersticiosa e deposite toda sua fé tão somente em Deus, em Cristo e em sua Palavra.

Creia em anjos porque eles existem, mas sua fé tem que está fundamentada, alicerçada, tão somente em Deus, em Cristo e em sua Palavra!

O texto de João 5:1-7 traduzido do melhor manuscrito grego e o mais antigo: Versos 1 Depois disto foi a festa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. 2 E há em Jerusalém, à porta das ovelhas, uma piscina, que é chamado em hebraico, Bethesda, tem cinco alpendres. 3 Nestes jazia grande multidão de enfermos, cegos, coxos, ressequidos. 5 Mas havia ali um homem que tinha estado doente trinta e oito anos. 6 Jesus, vendo este deitado, e sabendo que ele já tinha estado doente há muito tempo, disse-lhe: Queres ficar restaurado para a saúde? 7 O enfermo respondeu-lhe: Senhor, não tenho ninguém que, quando a água é agitada, ele pode colocar-me na piscina; mas, enquanto eu vou outro desce antes de mim. 8 Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma o teu leito e anda. 9 E o homem foi restaurado à saúde, e tomou o seu leito e andava, mas o sábado foi naquele dia.

Na verdade não existia anjo algum, muito menos essa estória de que o primeiro que entrasse, isso de acordo com o Manuscrito considerado o melhor e mais antigo que é o Códice Sinaítico datado do século Quarto; no máximo o que se dava naquele tanque (que não era lá tão grande para comportar toda a multidão enferma e doente ali presente) era que tais águas que ali chegavam em determinados momentos de cor avermelhada teria propriedades terapêuticas; a chegada dessa água agitava a água calma do tanque; essa água que ao tanque chegava, ela vinha por uns momentos mas logo vinha a cessar, então tinha ser rápido, tinha que ter agilidade já que a água vinha e cessava.




Esse tanque assim como o de Siloé eram usados para que os milhares de judeus (que subiam para Jerusalém de todas as partes do mundo para celebrar as festas de peregrinação estabelecidas por Deus) se purificassem.

O tanque de Siloé não tinha problema algum e continuou sendo usado para purificação pelos peregrinos judeus que subiam à Jerusalém de todas as partes do mundo para celebrar ao SENHOR.

O tanque de Betesda passou a ter um sério problema; parece que Betesda se desviou do seu real propósito, e de fato se desviou do real propósito.

Jerusalém estava sob o domínio dos Romanos e os sacerdotes pareciam fazer vista grossa para isso!

As atuais escavações arqueológicas descobriram o que se acredita ser o antigo tanque de Betesda. Localizado perto da Porta das ovelhas, o completo de dois tanques tinha 6 metros de profundidade e era tão grande quanto um campo de futebol. Cercado por cinco colunatas cobertas que davam sobra do sol do Oriente Médio, era um local de encontro habitual no Israel do primeiro século.

Os arqueólogos através de escavações descobriram ruínas de um Templo à Asclépio ou Esculápio que era cultuado e adorado como o Deus da cura, o Deus da medicina.

O povo de Israel sempre teve uma inclinação por falsos deuses e falsos cultos.

Havia um Templo pagão em Jerusalém, um culto pagão, nos dias de Jesus, sendo que bem próximo deste tanque e deste templo, ficava o Templo de Jerusalém onde prestava-se culto ao Verdadeiro Deus.

O tanque de betesda era uma piscina de água corrente e não um tanque em si.

O tanque de betesda eram duas piscínas conjugadas e ao todo tinha 5 mil metros quadrados.


A piscina de Betesda está localizada próximo à porta das ovelhas hoje chamada porta dos leões.


A causa da agitação das águas da piscina eram, sem dúvida, as fontes interminantes que abasteciam o tanque; uns dizem que por causa dessa agitação que ocorria de tempo em tempo quando os sacerdotes abriam e fechavam os canais d’água da fonte que já existia nos tempos de Salomão, as pessoas acreditavam que era um anjo que descia do céu e movimentava as águas do tanque, sendo assim as pessoas se reuniam naquele lugar por causa de uma suposta crendice que a partir do século 5 vai passar a aparecer nas cópias do evangelho de João no capítulo 5; porém, as descobertas arqueológicas, as escavações e achados nos mostram que o motivo era outro: PAGANISMO; aquelas pessoas estavam mergulhando em um paganismo!

Betesda significa casa da misericórdia; porém, aquelas pessoas estavam buscando não a misericórdia do Deus de Israel mas de um falso Deus da cura, da medicina, por nome Asclépio e que os Romanos chamavam de Esculápio; os templos de Esculápio atuavam como hospitais; haviam mais de 400 templos dedicados à Asclépio por todo o Império Romano; Asclépio era adorado pelos romanos e estes introduziram seu culto nas terras de Israel. Betesda se tornara um lugar de cura de um Deus pagão!

Sendo assim podemos dizer que havia um culto pagão a Esculápio em Betesda, e parte do processo envolvida passar uma noite inteira no Templo de Esculápio e tomar banho em suas águas sagradas.

Então está explicado porque Jesus não mandou o homem se lavar no Tanque como fez com o Cego de Nascença em João 9:6,7!

O império Romano exerceu uma influência muito grande sobre a terra de Israel inclusive nos dias de Jesus.

Para se ter uma idéia:

Herodes tornou-se rei efetivamente em 37 a.C., com a conquista da cidade de Jerusalém. Grande admirador da cultura greco-romana, o rei Herodes lançou um audacioso programa de construções, que incluía as cidades de Cesareia e Sebástia e as fortalezas em Heródio e Massada. Ele também reformou o Templo, transformando-o num dos mais magníficos edifícios da época.

Além disso, Jerusalém estava repleta de monumentos pagãos, especialmente trazidos pelo mundo greco-romano.

Herodes fez um teatro romano, um hipódromo para corrida de cavalos, um complexo esportivo romano, banhos romanos, uma fortaleza romana chamada Antônia que ficava parto do tanque e do Templo.

Em Betesda foram acrescentadas cisternas, bancos nas salas cobertas, e possivelmente um altar para sacrifícios.

Quando Jesus chega em Betesda ele possivelmente ficou muito triste vendo toda aquela gente mergulhando no paganismo!

Aquele que fora curado, foi advertido a ir não pecar mais, imagine que aquele homem durante muitos anos foi fiel a Deus e buscou a Deus pela sua cura, não a recebendo inicialmente, ele talvez desesperado pois já haviam se passado muitos anos que ele estava enfermo, decide mergulhar no paganismo para quem sabe receber de Esculápio o que ele não recebeu do Deus de Israel; sendo assim, ele desesperado vai querer a cura custe o que custar, venha de quem vier; o desespero leva pessoas a agirem assim, fazem trabalhos para ter a pessoa amada que foi embora de volta, etc.

Jesus foi naquele lugar pagão, de idolatria que é pecado, e resgatou aquele homem daquele meio e o reconduziu ao único e verdadeiro Deus! Jesus foi lá por causa de 1 e não por causa de todos; aquele um era uma ovelha perdida da casa Israel!

Há muitas boas razões para acreditar que essa estrutura (piscina ou tanque de Betesda), fosse vinculada ao deus Greco-Romano do bem-estar e saúde Asclépio que era bem difundido pelas terras dominadas pelo Império Romano.

A nível de informação e conhecimento:

Havia mais de 400 asclepeions (templos de cura, sagrado para o deus Asclépio) – instalações relacionadas com Asclépio (Esculápio) em todo o Império, funcionando como centros de cura e dispensadores da graça e misericórdia do deus greco-romano Esculápio, para com aqueles em necessidade.

Começando por volta de 350 a.C., o culto de Asclépio ou Esculápio tornou-se cada vez mais popular.

Asclépio era o deus da medicina e da saúde na antiga religião Grega.

 Imagem de Esculápio jovem

Imagem do bastão de Esculápio

As cobras eram um atributo essencial do culto de saúde e cura de Asclépio. Até hoje um dos principais símbolos da medicina moderna é uma vara com uma cobra/serpente em torno dela.

Graças a arqueologia sabemos hoje que havia um templo dedicado a Esculápio próximo a este Tanque chamado Betesda, que ficava próximo ao Templo em Jerusalém.

Pouco mais a frente em Jerusalém mesmo, havia outro tanque, o tanque de Siloé, que os peregrinos utilizavam para se banharem nele, e então poderem entrar no átrio do Templo em Jerusalém para buscar ao DEUS verdadeiro.

Sendo assim, os cegos, coxos, e paralíticos, que ficavam junto ao Tanque de Betesda não estavam esperando pelo Deus de Israel para curá-los, não estavam buscando ao Deus de Israel, não estavam buscando graça e misericórdia no Deus de Israel; em vez disso, eles esperavam na suposta misericórdia da falsa divindade pagã por nome Asclépio/Esculápio, a fim de que por este falso deus fossem curados.

O Tanque de Betesda, foi, muito provavelmente, uma parte da Helenização de Jerusalém juntamente com vários outros projetos importantes (monumentos pagãos pertencentes ao mundo grego), tais como:

1)  Um teatro Romano,

2) Um complexo Romano esportivo,

3) Um hipódromo Romano para corridas de cavalos,

4) Os banhos Romanos,

5) A famosa fortaleza Romana Antônia (que ficava perto do tanque de Betesda e do Templo de Jerusalém).

Nesse caso, o tanque de Betesda (casa da misericórdia em Hebraico) se tratava de uma instalação Grega, ligada ou afiliada a Asclépio/Esculápio = o deus romano da cura e da medicina.

Jerusalém era o centro para os Judeus religiosos nos dias de Jesus, MAS Jerusalém também era um quartel para os ideais Helenizados na Judéia, que INCLUSIVE estava sob estrito controle Romano, com a Fortaleza Antonia dominando a extremidade noroeste do Monte do Templo.

Havia um culto a Esculápio (tido como o Deus da cura pelos romanos) nos dias de Jesus, e parte do culto de cura envolvia passar a noite no templo pagão e tomar banho nas águas do tanque ou da piscina de betesda que significa casa da misericórdia, misericórdia não do Deus de Israel mas do falso Deus romano da cura!

Para surpresa dos arqueólogos, alguns dados vieram à tona: o primeiro deles é que essa piscina faz parte de um complexo ligado ao santuário de Serápis (Asclépio\Esculápio) que era o deus associado à cura. Este Tanque na verdade era um santuário do mitológico deus greco-romano da cura, Asclépio\Esculápio.

A agitação da água do Tanque, de acordo com as escavações e descobertas arqueológicas, acontecia quando os sacerdotes do culto de Asclépio abriam os tubos de ligação entre as partes superiores e inferiores do tanque de Betesda. A água no reservatório superior fluia para o menor ou inferior. Era isso que ocasionava o movimento das águas no tanque inferior. Isso foi descoberto graças as escavações!

O homem então esteve por um longo tempo, como o Evangelho nos diz no contexto, naquele, que era, um ambiente profundamente religioso, embora ambiente religioso Grego pagão.

Asclépio na metodologia Grega também era conhecido não só por seus poderes de cura e de dar vida, mas por uma suposta atitude de benevolência para com o povo, a qual fez dele uma das divindades mais populares no mundo Greco-Romano.

É muito interessante notar que nesta cura particular Jesus não ordena a quem ele curou para se lavar no tanque (tanque de Betesda), como ele faz com o cego de nascença (João 9:6-7).

Portanto, enquanto o tanque de Betesda era na realidade um lugar pagão (voltado para Asclépio), o tanque de Siloé estava ligado ao Templo de Jerusalém (voltado para, o Deus de Israel, o verdadeiro YAHVEH RAFÁ).

Mais tarde, Jesus iria encontrar o homem que ele curou, no Templo do Deus de Israel, e irá avisá-lo para não continuar em sua vida de pecado (algo que se encaixa perfeitamente com a idéia de que o tanque de Betesda era Asclepion).

Salmos 115: 1. Não a nós, SENHOR, nenhuma glória a nós, mas, sim, ao teu Nome, por teu amor e por tua fidelidade! 2. Por que questionam as nações: “Onde está o seu Deus?” 3. Nosso Deus está nos céus; tudo o que deseja, Ele tem o poder de realizar. 4. Os ídolos deles são prata e ouro, obras de mãos humanas. 5. Têm boca, mas não são capazes de falar, olhos mas não podem ver; 6. têm ouvidos, mas não conseguem ouvir; nariz, mas não possuem olfato. 7. Suas mãos não apalpam; seus pés não caminham; som nenhum emite sua garganta. 8. Sejam como eles quem os fabrica e todos os que neles depositam confiança! 9. Confia no SENHOR, ó Israel! Ele é o seu auxílio e o seu escudo. 10. Confiai no SENHOR, ó casa de Arão! Ele é o seu socorro e sua proteção. 11. Vós, que temeis o SENHOR, confiai no SENHOR! Ele é seu amparo e segurança.

Interessante mencionar: Em uma declaração atribuída ao sábio Judeu Rabi Akiva, que viveu no segundo século, se lê:

“Uma vez Akiva foi convidado a explicar por que pessoas afligidas por doença às vezes retornavam curadas de uma peregrinação ao santuário de um ídolo, embora ele seguramente não tivesse poder. (Talmude Babilônico, Avodah Zarah 55a).”

Jesus, por sua vez, entrou no domicílio pagão (asclepeion) e curou o homem Judeu sem fórmulas mágicas e feitiços, d posteriormente o advertiu a sair dessa vida de paganismo, de idolatria, para que algo pior não lhe sucedesse!

Jesus disse para aquele homem sair daquele ambiente pagão, idólatra, que é pecado para Deus.

Região do tanque, escavações encontraram restos de um templo à Asclépio ou Esculápio

CONCLUSÃO:

Não mergulhe no paganismo!

Saia da idolatria!

Que a graça de Deus te alcance, te liberte, e te salve.

Thiago G. Sanchez, servo, Pr.

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