“ADÃO
E EVA, ANTES DE COMEREM DO FRUTO PROIBIDO”
[OBS. Uma
perspectiva SEM a influência dispensacionalista]
SOBRE
A QUESTÃO DA INOCÊNCIA DE ADÃO ANTES DA QUEDA: "Não Existe Dispensação Da
Inocência!"
Adão
e Eva foram criados adultos pelo Criador.
Adão
tinha certa capacidade de discernimento.
Adão
entendida que havia um limite, estabelecido pelo Criador, que ele não poderia
transpor, e sabia que passar esse limite seria errado, tinha consciência que se
fizesse isso ia morrer, e ainda sim fez porque por um momento não levou fé, por
uma momento duvidou, por um momento deixou de crer, na Palavra do Eterno.
Adão
não levou fé num dado momento, simplesmente porque o Eterno havia dito uma
coisa; porém, Adão vê Eva (que comeu do fruto proibido) ainda viva na frente
dele.
O
Eterno havia dito para Adão: Se comer do fruto vai morrer!
Se
Deus diz que se comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal vai
levar a morte, o que Deus esperava de Adão? Fé! Ou seja, que Adão acreditasse
que comer do fruto proibido ia desencadear morte a ele próprio.
Adão
precisava de fé para OBEDECER e não comer o FRUTO que o Eterno disse: SE COMER
VAI MORRER!
O
relacionamento de Adão com Deus era de Pai e Filho e de Senhor e Servo, de
amor, fé, e obediência.
“Fé” no
hebraico é emunáh e no grego é pistis; engloba: acreditar, confiança,
fidelidade, esperança.
“Fé” no
original engloba fidelidade; e fidelidade requer obediência; então obediência
passa a estar atrelado a fé no nível ou estágio ou estado fidelidade.
Mas
por um momento, Adão agiu de incredulidade, Adão duvidou, e consequentemente
desobedeceu a Deus.
O
que levou Adão a não comer do fruto temporariamente até antes de Eva se
apresentar diante dele, foi a fé, foi o acreditar confiar foi a convicção de
que se comesse iria morrer como o Eterno lhe assegurou que ocorreria.
Adão
tinha que continuar a acreditar que, se comesse do fruto proibido, em algum
momento iria morrer (por causa da sua transgressão, por causa da sua rebelião).
Por
se manter crendo nisso, ele então faria a vontade do Criador, se mantendo
dentro do limite estabelecidos pelo Criador, como um bom e fiel servo do
Criador sobre terra; mas não foi isso que aconteceu.
Porque
Adão comeu do fruto?
Porque
se tornou incrédulo!
Porque
duvidou da Palavra do Criador!
Então
havia sim fé antes do pecado, antes da queda humana.
Adão
contemplou Eva viva, e pensou consigo: morrer coisa nenhuma, Eva comeu e está
viva; se fosse para morrer então ela já deveria ter morrido!
Porém,
entre a ordem dada pelo Criador e momentos antes de Eva lhe trazer o fruto
proibido, Adão não comeu do fruto proibido porque ele acreditou (exerceu fé)
que se comesse do fruto proibido pelo Criador, ele iria morrer; logo, Adão não
comeu do fruto proibido por uma clara questão de fé; ou seja, por acreditar que
se comece do fruto proibido pelo Criador, ele (Adão) iria de fato morrer; esse
não comer do fruto, foi a temporária obediência de Adão, obediência essa
claramente fruto da fé temporária de Adão; ou seja, resultado do fato de Adão
acreditar que se ele comesse do fruto proibido ele iria morrer, e por isso
temporariamente ele não o comeu.
Adão
era puro no sentido de ser santo!
Adão
tinha perfeita consciência do que era certo e do que era errado, ele sabia o
que era permitido e o que não era permitido, ele não era ingênuo como um bebê
de 1 ano, por isso ele é o único responsável pelos seus atos e não o Pai que
pôs Adão junto com a árvore do conhecimento do bem e do mal no mesmo ambiente.
Inocência, segundo o dicionário, é:
1. A qualidade de quem é
incapaz (que não se permite proceder de determinada maneira; que tem
impedimento, impossibilitado, impedido, inabilitado) de praticar o mal;
2. O estado daquele que
não é culpado de uma determinada falta ou crime.
Inocente
é alguém que não tem culpa, é alguém que não fez nada errado!
Adão sim era inocente nesse aspecto jurídico!
Inocente
é alguém sem maldade, puro no sentido de ingênuo, não sabendo distinguir entre
o que é danoso e o que é benéfico, entre o certo e o errado, não tendo
capacidade alguma de discernir as coisas.
Estas
características aplicam-se a um bebê com uma mentalidade de bebê.
E
como Adão e Eva não eram bebês e nem tinham uma mentalidade de bebê, Adão e Eva
tinham certa capacidade de discernimento, entendiam que havia um limite que ele
não podia passar e sabia que passar esse limite seria errado, tinha consciência
que se fizesse isso, ele ia morrer, e ainda sim Adão o fez porque no mínimo não
levou fé.
Adão
sim em certo ponto ele era inocente, apenas no sentido de não ser culpado na
ótica humana até que veio a transgredir e aí se tornou culpado.
O
que levou Adão a não comer do fruto temporariamente até antes de Eva se
apresentar diante dele, foi a fé, foi o acreditar confiar foi a convicção de
que se comesse iria morrer como o Eterno lhe assegurou que ocorreria.
Adão
era inocente principalmente no sentido jurídico.
Ele
era puro no sentido de santo.
Mas
ele tinha perfeita consciência sobre o que era permitido e certo e o que não
era permitido e errado.
Não
tinham pecado mas sabiam o que era pecado, Tinham conhecimento do bem, da
vontade de Deus.
Logo
o ser humano é 100% responsável pela besteira que fez, e o Eterno é 0% culpado\responsável
pela besteira que Adão e Eva fizeram.
A
ordem para a procriação humana foi dada antes da queda. Se Adão e Eva eram
inocentes no sentido que um bebê recém nascido o é, e se eles não tivessem
pecado, seria impossível eles procriarem, pois se pegarmos duas crianças de no
máximo dois anos de idade, elas não terão qualquer noção sobre procriação,
sobre sexo; logo Adão e Eva, antes de pecarem, não eram inocentes nesse sentido
exato que um bebê o é; do contrário, a ordem para procriarem deveria ser dada
após a queda e não antes da queda, já que antes da queda seria impossível eles
terem relação sexual, pois que eles tinham uma mente semelhante a de um bebê
que não sabe nem pra serve a genitália que possui entre as pernas e não sente
atração ou coisa alguma quando vê outro bebê do sexo oposto pelado diante de
seus olhos; o que sairá disso? Nada de nada! E quem pode afirmar que Adão e Eva
não tiveram relação sexual no Jardim?
Adão
precisava de fé para OBEDECER POR AMOR ao Pai e Senhor, não comendo assim do
FRUTO que o Eterno disse: SE COMER VAI MORRER!
Adão
sabia o
que era certo e errado porque o ETERNO lhe falou!
Adão
tinha consciência do que era certo e errado.
Pecado é
a transgressão da vontade do Criador
Adão
conhecia a vontade do Criador: sim ou não???? SIM!
Adão
sabia qual era a vontade do Criador: sim ou não???? SIM!
Deus deu
mandamentos à Adão: sim ou não???? SIM!
Então
Adão SABIA CONHECIA o que era certo e errado, e sabia de ouvir falar!
Sei que
posso comer de tudo menos de uma em específico, sei que se comer daquela única
vou infringir o mandamento Criador, sei que isso será errado, sei que se fizer
isso pecarei, porque estarei transgredindo a vontade dEle.
Adão
sabia o que era certo e errado porque o Eterno lhe ensinou!
Adão
quando peca, ele conhece o pecado no sentido de se relacionar com o pecado por
experiência e como um relacionamento entre marido e mulher; Paulo fala sobre
isso na carta aos romanos no começo do capítulo 7.
Adão
peca, e então conhece o pecado no sentido de se relacionar com o mesmo, de ter
experiência com o mesmo.
O
relacionamento do ser humano sem Deus e sem Cristo no mundo, com o pecado, é
não só relacionamento de experiência, como uma espécie de relacionamento
conjugal, se aliançando com o pecado, e por isso a pessoa deve (no sentido
bíblico) morrer, para estando livre, poder se casar com Deus através de Cristo,
pois sem essa morte (no sentido bíblico) a pessoa está unida ao pecado.
Existe o
conhecer de ouvir falar, e o conhecer de ter experiência e de se relacionar.
Cristo
homem conhecia o pecado mas não no sentido de ter experiência e se relacionar
com o pecado.
Deus o
Pai conhece o pecado mas não no sentido de ter experiência e se relacionar com
o pecado.
Jó
inclusive certa feita declarou, em outras palavras: Antes te conhecia de OUVIR,
agora te vêem os meus olhos. Ou seja, Eu Jó, antes conhecia a Deus de ouvir
falar. Eu Jó, agora conheço a Deus por me relacionar com ele através de experiências
vividas.
São
níveis distintos, diferenciados, de conhecer algo!
Adão
CONHECIA o pecado de ouvir falar, porque era algo lógico; se não comer do fruto
proibido é a vontade de Deus, então o comer do fruto proibido é pecado.
Quando
Adão come do fruto proibido, então ele conhece
o pecado no sentido de experiência e de se relaciona com o pecado.
Adão, no
sentido íntimo, se torna um com o pecado.
Adão não
era ignorante quanto ao que era certo e errado.
Deus lhe
orientou.
Deus lhe
falou.
Deus lhe
disse.
Deus lhe
mostrou.
Isso é
certo, e isso é errado!
Isso pode,
e isso não pode!
Isso é
certo, e isso é pecado!
Isso te
proporciona vida, e isso te priva da vida e te conduz a morte.
Adão e
Eva tinham livre arbítrio.
O Eterno não se relaciona por meio de
dispensações com o ser humano, e sim de alianças, biblicamente falando!
Só existe uma suspensão e ela está escrita nos
escritos do novo testamento; MAS ainda sim, essa dispensação não significa que
não existia graça antes de Cristo, porque a graça é um atributo divino, Deus é
graça, e a graça é eterna, sendo manifesta por Deus ainda na eternidade ao
decidir criar e criar o ser humano que d’antemão Deus sabia que não merecia ser
criado; todos experimentam essa graça sobre a terra e em certo sentido, mas
muitos a rejeitam no sentido mais profundo de salvação, pois muitos se recusam
a confiar em Deus e a viver uma vida correta como resultado dessa fé\confiança,
como justo.
A graça se manifesta de uma forma
incomparavelmente plena em Cristo e através de Cristo, trazendo salvação para todos
os homens.
A graça está presente de Gênesis a Malaquias,
nos escritos que são denominados pelo cristianismo de velho ou antigo
testamento!
Pr. Thiago G. Sanchez
Nenhum comentário:
Postar um comentário