terça-feira, 19 de novembro de 2019

"MEU COMENTÁRIO BÍBLICO SOBRE ROMANOS 9"


"MEU COMENTÁRIO BÍBLICO SOBRE ROMANOS 9"

Paulo expressa sua tristeza.

Vrs 1-3 "Digo a verdade em Cristo, não minto. Minha consciência dá testemunho comigo, no Espírito Santo, de que tenho grande tristeza e incessante dor no coração. Porque eu mesmo desejaria ser amaldiçoado e excluído de Cristo, por amor de meus irmãos, meus parentes segundo a carne."

Paulo está disposto a fazer o mesmo que Moisés estava disposto a fazer por seus irmãos, seus parentes segundo a carne, em Êxodo 32, se possível fosse.

Paulo deixa claro que, em se tratando de seus parentes segundo a carne (pelos quais ele tem grande tristeza por causa do fato deles terem rejeitado algo específico), o que Deus deu à eles ainda é deles.

Vrs 4,5 "Eles SÃO israelitas, e deles SÃO a adoção, a glória, as alianças, a promulgação da lei, o culto e as promessas; deles SÃO os patriarcas, e deles descende o Cristo segundo a carne, o qual é sobre todas as coisas, Deus bendito eternamente. Amém."

Estes parentes segundo a carne são uma parte de Israel, aqueles que são apenas descendência de Abraão, os meramente circuncidado na carne, os naturais, que não são representados por Isaque. Uma parte de Israel é formado de filhos de Abraão segundo a carne meramente circuncidado na carne, e outros são formados de filhos da promessa circuncidado principalmente no coração que são representados por Isaque.

Vrs 6-9 "Não é o caso de a palavra de Deus ter falhado. Porque nem todos os que são de Israel são israelitas; nem por serem descendência de Abraão são todos seus filhos; mas: Por meio de Isaque a tua descendência será chamada. Isto é, não são os filhos naturais que são filhos de Deus; mas os filhos da promessa é que são contados como descendência. Porque a palavra da promessa é esta: Por este tempo virei, e Sara terá um filho.

Paulo fala em seguida de um patriarca que foi elegido por Deus, deste escolhido de forma soberana, veio as 12 tribos de Israel, que por sua vez se divide em duas classes ou dois grupos: os circuncidado apenas na carne e os circuncidado na carne e no coração. Mas essa eleição não é seleção para salvação eterna ou condenação. Antes, é uma seleção para desempenhar papéis nesta terra.

Vrs 10-13 "E não somente isso, mas também a Rebeca, que concebeu de Isaque, nosso pai (pois os gêmeos ainda não tinham nascido, nem praticado o bem ou o mal, para que o propósito de Deus segundo a eleição permanecesse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama), se disse: O mais velho servirá ao mais novo. Como está escrito: Amei a Jacó, mas rejeitei a Esaú."

Paulo então declara que Deus usou, em se tratando de Israel, de misericórdia\benignidade com uns e de severidade com outros. E então se utiliza de exemplos para explicar isso e mostrar que isso não é uma atitude injusta de Deus mas duas ações divinas, uma graciosa e outra retributiva ou punitiva; graciosa para com Israel tirando este do Egito, e retributiva para com Faraó por causa da clara e inicial dureza do coração deste por parte dele mesmo, acarretando para o Egito as outras pragas e com isso ficou conhecido que o Deus de Israel é diferente de todos os deuses que as nações estabeleceram para si e cultuavam. Ele tem misericórdia dos que se humilham perante ele, e destes que ele quer ter misericórdia, Moisés também é um exemplo claro por si só de alguém que alcançou misericórdia e compaixão de Deus; este mesmo Deus, traz o endurecimento sobre os soberbos que não se sujeitam humildemente ao seu propósito divino na terra e Faraó é usado como exemplo, neste caso muitos dentre Israel são comparados com Faraó, sendo endurecidos por causa da rebeldia característica de sua soberba por não se sujeitar a autoridade e palavra divina; os verdadeiros israelitas são identificados com Isaque, são filhos da promessa, abraçaram a nova aliança, foram circuncidado no coração, enquanto que os demais são identificados com Ismael, por fazerem parte da semente natural de Abraão, que endureceram-se demasiadamente por soberba e assim como Faraó também foram endurecidos, ensurdecido, adormecidos, por Deus, de modo que não compreenderam, não enxergaram, a nova aliança feita através de Cristo e por causa desta incredulidade eles foram quebrados, mas ainda sim como Paulo deixou claro nos primeiros versos, deles SÃO aquilo que deles não deixou de ser.

Vrs 14-18 "Que diremos? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum. Porque ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem eu quiser ter misericórdia e compaixão de quem eu quiser ter compaixão. Assim, isso não depende da vontade nem do esforço de alguém, mas de Deus mostrar misericórdia. Pois a Escritura diz ao faraó: Para isto mesmo te levantei: para mostrar em ti o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra. Portanto, ele tem misericórdia de quem quer e endurece a quem quer."

Daí Paulo deixa claro que na mente de alguém pode surgir a seguinte questão, na verdade uma questão: Como O Senhor endurece um homem como Faraó, e depois o acusa. Isso não faz sentido! Mas não é bem assim. Antes de Deus endurecer faraó, faraó se endureceu, Deus só então o endurece, e Faraó se endurece ainda mais. Um estudo em Êxodo mostra que Faraó endureceu o seu coração várias vezes, antes que Deus o endurecesse.

V 19 Então me dirás: Por que Deus ainda se queixa? Pois, quem pode resistir à sua vontade?

Deus fez de uma parte de Israel, vasos para honra, e de outra parte de Israel, vasos para desonra, mediante o posicionamento de cada indivíduo descendente de Abraão. O que fez de Faraó um vaso para desonra foi primeiramente ele mesmo. Deus apenas concluiu o que Faraó deu início por si só. E quando há um endurecimento divino, só uma intervenção divina para reverter este quadro, já que tal endurecimento provocado por Deus é um juízo divino sobre o rebelde incrédulo e soberbo. Se não houver uma intervenção divina sobre este posteriormente endurecido por Deus como juízo (por causa do próprio endurecimento contínuo próprio do indivíduo, e que somente Deus pode reverter este estado, vemos isso em Faraó, depois que Deus o endureceu, faraó se manteve endurecido conforme consta em Êxodo), tal indivíduo permanecerá endurecido. O fim de quem entra neste estado é a destruição. Este endurecimento divino veio em parte sobre Israel, mas Deus tem suportado pacientemente a estes, e aos poucos vemos Deus agindo na vida destes abrindo-lhes os olhos, o entendimento, despertando-os e removendo-lhes o endurecimento divino com o qual ele os endureceu por causa do endurecimento inicial por parte deles, exemplo claro dessa intervenção divina é o ocorrido em Atos 2, o ocorrido com o próprio Paulo ao ter um contato pessoal com o próprio Messias, e como resultado dessa intervenção divina, estes estão abraçando a nova aliança mediante a fé no Messias de Israel; ou seja, os cortados por causa da incredulidade e endurecimento, estão sendo restaurados mediante a intervenção divina e através da fé no Messias estão se identificando com Isaque, israelitas, filhos de Deus circuncidado no coração e não apenas na carne. E foi através deste posicionamento de parte de Israel de endurecimento próprio, incredulidade e rebeldia, que acarretou como juízo o endurecimento divino, que muitos dentre os gentios estão sendo salvos pela fé se tornando filhos de Deus membros integrantes do povo de Deus, juntamente com parte de Israel, a saber, os da fé que humildemente abraçaram a nova aliança por meio do Messias. De ambos os povos (judeus e gentios), Deus formou um povo, chamando os que humildemente corresponderam e estão correspondendo, sendo assim preparados para a glória. Deus poderia simplesmente ter endurecido todo o Israel por causa da dureza de parte de Israel fazendo com que Israel se tornasse como Sodoma e Gomorra se tornou, e salvar apenas os gentios, mas Deus por misericórdia não endureceu aqueles que agiram de humildade se submetendo a autoridade divina e a palavra de Deus, confiando em Deus e obedecendo a sua palavra, e está com o desenrolar da história intervindo no estado de dureza espiritual em que Deus os fez se encontrar como juízo divino por causa da dureza humana inicial por parte deles mesmos.

Vrs 20-28 "Mas quem és tu, ó homem, para argumentares com Deus? Por acaso a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? Ou o oleiro não tem poder sobre o barro, para com a mesma massa fazer um vaso para uso honroso e outro para uso desonroso? E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, prontos para a destruição; para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que preparou de antemão para a glória, os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios? Como diz ele também em Oséias: Chamarei "Não-meu-povo" de "Meu-povo"; e a "Não-amada" de "Amada". E sucederá que no lugar em que lhes foi dito: Vós não sois meu povo; aí serão chamados filhos do Deus vivo. Também Isaías exclama acerca de Israel: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo. Porque o Senhor executará a sua palavra sobre a terra, de maneira completa e decisiva. E como antes dissera Isaías: Se o Senhor dos Exércitos não nos tivesse deixado descendência, teríamos nos tornado como Sodoma, e seríamos semelhantes a Gomorra."

Não é, porém, o fim, para a parte de Israel por quem Paulo está muito triste, e está muito triste, porque a pesar do que são, do que lhes foi dado, do que é deles, e do que surgiu do meio deles, ainda sim ele se encontram na condição em que que se encontram, e somente um pode reverter este quadro, a saber, Deus - aquele que como que disse: Vocês querem se endurecer né, então já que é assim, eu vou por um endurecimento sobre vocês e somente eu poderei tirar o tal de vocês.

CONCLUSÃO:

1. Deus não elegeu arbitrariamente uns para salvação e outros para a condenação eterna mas para um propósito aqui na terra.

2. Há sim um endurecimento sobre uns e esse endurecimento afeta na salvação, só que é um endurecimento divino resultado de um endurecimento humano contínuo.

3. Esse endurecimento divino sobre parte de Israel, é reversível, e Deus está intervindo em Israel, para que estes sejam restaurados, juntamente conosco (judeus já circuncidado no coração e gentios recém chegados a fé), sejamos todos, luz para as nações ao redor levando para estes as boas novas do Evangelho que tem a ver com a salvação, aceitação e justificação por meio da graça e mediante a fé naquele por meio de quem a nova aliança foi estabelecida por Deus.

4. A graça é para todos, mas é preciso humildade para corresponder positivamente.

5. O Espírito quer agir em todos vivificando os meio mortos, mas é preciso humildade para corresponder positivamente ao seu agir.

6. As boas novas estão aí para todos, mas é preciso humildade da parte de todos, para se corresponder positivamente, abraçando assim a mensagem do evangelho que conduz à fé salvífica no Messias enviado de Deus.

7. O eleito pode perder a salvação.

8. O predestinado não pode perder a salvação pois a predestinação para salvação se dá mediante a pre-ciência divina, NESTE CASO SIM, UMA VEZ SALVO SALVO PARA SEMPRE, pois o que ocorre é apenas uma confirmação daquilo que já é de antemão sabido por Deus e que dia após dia vai se confirmando infalivelmente mediante as escolhas e decisões de cada um pré-sabidas ou conhecidas de antemão pelo Eterno Criador Ser Supremo Conhecedor de tudo LITERALMENTE.

Nenhum comentário:

Postar um comentário