Tema: "JESUS E O TEMPO KAIRÓS"
Texto: João 7:8 "Subi vós à festa; eu não subo ainda a esta festa, porque ainda não é chegado o meu tempo."
A festa dos Tabernáculos caía em fins de setembro e princípios de outubro. Era uma das festividades obrigatórias dos judeus e qualquer varão adulto que vivesse a trinta quilômetros de distância de Jerusalém tinha a obrigação legal de assistir a ela. Durava oito dias.
Vamos ler os Vrs 1,2 "Depois disto andava Jesus pela Galiléia; pois não queria andar pela Judéia, porque os judeus procuravam matá-lo. Ora, estava próxima a festa dos judeus, a dos tabernáculos."
Segundo o versículo 8, Jesus diz “O meu tempo ainda não está cumprido”.
Em outras passagens (João 2:4; 7:30; 8:20; 12:27) a palavra que Jesus ou João usa é hora, que significa a hora assinalada por Deus.
Esse tempo ou hora, não era algo mutável, era algo inevitável; sendo assim, era preciso aceitá-lo sem discussão, porque era o momento em que o plano de Deus tinha decidido que algo devia acontecer!
Mas nesta passagem de João 7, a palavra que se emprega não é hora, e sim kairós, que significa uma oportunidade; quer dizer o melhor momento, a oportunidade mais adequada para fazer algo; significa o momento em que as circunstâncias são mais propícias.
A FINAL: Porque primeiro Jesus disse a seus irmãos que não iria e depois foi?
*COM BASE NO TEXTO GREGO PODE-SE TRADUZIR O VERSO 8 DO SEGUINTE MODO:* _"Se Eu for com vocês neste momento não terei a oportunidade que procuro. O momento não é oportuno"._
Por esse motivo Jesus adiou sua ida, até a metade da festa.
Isto nos mostra que Jesus escolhia seu tempo com prudência e cuidado, para obter os melhores resultados possíveis!
Não podemos forçar a mão de Jesus! Os irmãos de Jesus por parte de pai, tentaram forçá-lo a ir à Jerusalém.
Vamos ler os Vrs 3,4 "Disseram-lhe, então, seus irmãos: Retira-te daqui e vai para a Judéia, para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes. Porque ninguém faz coisa alguma em oculto, quando procura ser conhecido. Já que fazes estas coisas, manifesta-te ao mundo."
Jesus faz as coisas, não no tempo do homem, e sim no de Deus.
A impaciência do homem deve aprender a esperar no tempo de Deus!
Aprendemos que não podemos tratar a Jesus com indiferença.
Vamos ler o V 5 "Pois nem seus irmãos criam nele."
Não importava que dia e que hora os irmãos de Jesus fossem a Jerusalém.
Vamos ler o V 6 "Disse-lhes, então, Jesus: Ainda não é chegado o meu tempo; mas o vosso tempo sempre está presente."
Qualquer dia dava no mesmo, posto que ninguém notaria a presença deles, a final Jerusalém estava super lotada.
Mas se Jesus ia era algo muito diferente.
Por que?
Porque os irmãos de Jesus formavam parte do mundo, seus interesses estavam no mundo, estavam em sintonia com o mundo, não faziam que o mundo se sentisse incômodo e o mundo não tinha nenhuma queixa contra eles!
Vamos ler o V 7 "O mundo não vos pode odiar; mas ele me odeia a mim, porquanto dele testifico que as suas obras são más."
Mas Jesus entra com um inquietante poder dinâmico.
Sua simples presença é uma condenação de nosso modo de vida.
Sua simples vinda é um desafio a nosso egoísmo e nossa letargia.
Jesus tinha que escolher o momento, porque quando ele chega algo acontece!
Conclusão: João 7:8 "Subi vós à festa; eu não subo ainda a esta festa, porque ainda não é chegado o meu tempo."
_Pr. Thiago G. Sanchez_
Tema: "REAÇÕES CONCERNENTES A JESUS."
Texto: João 7:10-13
Jesus faz as coisas, não no tempo do homem, e sim no de Deus.
Por fim, Jesus no tempo certo foi à Jerusalém.
Aqui temos as reações das pessoas quando se viram frente a Jesus.
Vejamos a quantidade de reações em Jerusalém onde Jesus agora está, com base em todo o capítulo 7.
Já vimos a reação incrédula e desafiadora de seus irmãos por parte de pai, fora de Jerusalém, nos Vrs 1-5.
*PRIMEIRA REAÇÃO: ÓDIO MANIFESTO SEM DISSIMULAÇÃO,* por parte dos fariseus e dos sumos sacerdotes. Vrs 7,19
Os fariseus o odiavam porque amavam seu próprio sistema fechado, suas regras e normas extra-bíblicas mais que a Deus.
Os saduceus odiavam a Jesus porque interferia com seus próprios interesses e privilégios aos quais amavam mais que a Deus.
Realmente é possível que um homem ame mais seus próprios interesses e privilégios do que a Deus, e que os ponha acima de Deus!
*NESTE CASO SÓ RESTA FAZER UMA COISA:* tentar eliminar a Jesus. Vrs 30-32
*QUANDO OS IDEAIS, OS INTERESSES, OS PRIVILÉGIOS, DE UM HOMEM, SE CHOCAM COM OS IDEAIS DE JESUS, DAS DUAS UMA:*
1. Ou o tal se submete e se entrega permitindo Cristo entre em sua vida e transforme-o.
2. Ou o tal se opõe e luta contra Cristo tentando destruí-lo.
*SEGUNDA REAÇÃO: ORGULHO ARROGANTE.* Vrs 15,47-49
Que direito tem este homem, sem a menor formação nas escolas teológicas, de vir e expor a Lei de Deus à nós? Pensavam muitos!
Aqui temos a reação do esnobismo acadêmico.
Existem, porém, grandes poetas, escritores e evangelizadores, que por sua vez, não possuem títulos acadêmicos!
Não significa que devemos desprezar ou abandonar as qualificações acadêmicas, os estudos, a cultura e a educação!
Mas significa que devemos tomar muito cuidado para não desprezarmos alguém só porque não possui um diploma de formação de uma escola acadêmica!
*TERCEIRA REAÇÃO: A DUPLA REAÇÃO DA MULTIDÃO.*
Em primeiro lugar, manifestou interesse. V 11
Em segundo lugar, se estabeleceu uma discussão. Vrs 12,43
Falavam sobre Jesus. Discutiam suas opiniões a respeito de Jesus. Expunham seus pontos de vista a respeito de Jesus.
Trocavam idéias a respeito de Jesus.
Muito melhor do que discutir e debater sobre Cristo, é viver Cristo!
Antes de terminar, vamos assinalar outras três reações para com Cristo.
QUARTA REAÇÃO: DE TEMOR POR PARTE DA MULTIDÃO. V 13
Falavam dele mas tinham medo de elevar a voz.
O medo pode impedir que um homem faça uma manifestação clara e aberta de sua fé e pode fazer com que torne um murmúrio indiferenciado, semi— audível. O cristão não deve temer dizer ao mundo em voz muito alta que crê em Cristo.
QUINTA REAÇÃO: DE ALGUNS DOS COMPONENTES DA MULTIDÃO, CRER. V 31
Estes eram os homens e mulheres que não podiam negar ou deixar de crer no testemunho de seus próprios olhos. Escutaram o que dizia Jesus, viram o que fazia, confrontaram-se com essa personalidade dinâmica, e creram. Se alguém se livrar de preconceitos e temores, não tem mais remédio que crer.
SEXTA REAÇÃO: DE NICODEMOS, A DE DEFENDER JESUS. V 50
Nessa reunião das autoridades judaicas ele foi o único homem que levantou a voz para defender a Jesus Cristo. Esse é o dever de cada um de nós.
_Pr. Thiago G. Sanchez_
Tema: "VEREDICTOS SOBRE JESUS"
Texto: João 7:10-13
*NESTE CAPÍTULO HÁ TODA UMA SÉRIE DE VEREDICTOS SOBRE JESUS:*
1. EXISTE A AFIRMAÇÃO DE QUE ERA UM HOMEM BOM. V 12
Esse veredicto permanece e é verdadeiro, mas não é toda a verdade. Foi Napoleão quem fez o célebre comentário: "Eu conheço os homens e Jesus Cristo é mais que um homem". Jesus era verdadeiramente um homem, mas nele estava a mente de Deus. Quando Ele fala não é um homem falando com outro.
2. EXISTE O VEREDICTO DE QUE É UM PROFETA. V 40
Isso também é verdade. O profeta é quem anuncia a vontade de Deus, é o homem que viveu tão perto de Deus que conhece a mente e o propósito de Deus. Isso é verdade a respeito de Jesus.
3. EXISTE O VEREDICTO DE QUE ESTÁ LOUCO. V 20
Agora, o certo é que ou Jesus é a única pessoa completamente corda que existe no mundo, ou que estava louco.
Escolheu a cruz quando poderia ter escolhido ser poderoso. Foi um servo sofredor, quando poderia ter sido um rei conquistador. Lavou os pés de seus discípulos, quando poderia ter homens ajoelhados a seus pés. Servir, quando poderia ter submetido o mundo à servidão.
Jesus mudou os valores do mundo!
4. AFIRMA-SE QUE É UM HOMEM VALENTE. V 26
Algo do que ninguém jamais duvidou foi da coragem franca e clara de Jesus.
Teve a coragem moral de desafiar as convenções e de ser diferente. Tinha a coragem física que podia suportar a dor física mais terrível. Teve a coragem de continuar quando sua família o abandonou, seus amigos falharam, e um de seus próprios discípulos o traiu.
Aqui o vemos entrando em Jerusalém com coragem, porque entrar nessa cidade era o mesmo que ir à cova dos leões.
5. AFIRMA-SE QUE TEM A MAIS DINÂMICA DAS PERSONALIDADES. V 46
O veredicto dos oficiais que foram prendê-lo e voltaram com as mãos vazias, foi porque que jamais nenhum homem tinha falado como ele.
Fluía dele um poder que fazia com que aqueles que tinha sido enviados para prendê-lo voltassem com as mãos vazias e confundidos.
_Pr. Thiago G. Sanchez_
Tema: "JESUS, UM RABINO CONSIDERADO MARGINAL (NO SENTIDO DE ILETRADO)"
Texto Chave: João 7:15-18
Considera-se como muito provável que este trecho esteja mal situado; ou seja, que ele pertença a outro ponto do Evangelho de João.
Esse trecho aparentemente não têm nenhuma relação com o contexto.
A não ser que os religiosos aqui sejam como muitas pessoas que mesmo passando meses e até anos que algo ocorrerá, ainda sim na primeira oportunidade relembram e jogam na cara o que fora feito a tempos atrás.
Alguns supõem que tais versos deveriam estar situados depois de 5:47.
O capítulo 5 relata a cura do paralítico junto ao tanque onde ali havia um culto pagão a Asclépio ou Esculápio e que envolvia levar-se no Tanque de Betesda; não havia nada de anjo descendo e movimentando água.
O milagre se fez em um sábado e as autoridades judaicas o consideraram uma violação do dia de descanso, com base no que os rabinos em suas leis rabínicas estabeleceram como sendo permitido e não permitido em dia de sábado.
Jesus citou para sua defesa as palavras de Moisés e disse que se realmente conhecessem o significado destas Escrituras, e se cressem nelas de verdade, também creriam nele.
O capítulo conclui: “Se, de fato, crêsseis em Moisés, também creríeis em mim; porquanto ele escreveu a meu respeito. Se, porém, não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras?” (João 5:46-47).
Se daqui passamos a ler João 7:15-24, a relação resulta muito evidente.
Jesus acaba de referir-se aos escritos de Moisés e em seguida as surpreendidas autoridades judaicas irrompem: "Como pode este homem ler se não recebeu educação alguma?"
Acredita-se que compreendemos muito melhor o sentido e a importância de João 7:15-24 se concordarmos que seu lugar original seria depois de João 5:47.
A crítica que as autoridades judaicas faziam era que Jesus carecia de educação.
É a mesma acusação que se elevou contra Pedro e João quando se confrontaram com o Sinédrio (Atos 4:13).
Jesus não tinha assistido a nenhuma escola rabínica!
O costume ditava que só o discípulo de um mestre acreditado, alguém que tinha estudado com um dos grandes rabinos, podia expor as Escrituras e falar sobre a Lei!
E aqui estava este carpinteiro da Galiléia, este homem carente por completo de educação, que ousava citar e expor a Moisés frente a eles.
Jesus poderia ter caído na armadilha com toda facilidade!
Poderia ter dito: "Não necessito nenhum mestre; auto-eduquei-me; tirei meus ensinos, minha sabedoria e minha doutrina de mim mesmo."
Mas não foi isso o que disse!
Disse o seguinte: "Perguntam-me quem foi meu mestre? Perguntam-me que autoridade posso invocar para dizer o que digo e para minha exposição das Escrituras? Meu mestre e minha autoridade é Deus."
Jesus nunca disse que tinha aprendido por si mesmo; disse que Deus tinha sido seu mestre!
De fato, isso é algo que afirmava com bastante freqüência:
“Porque eu não tenho falado por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, esse me tem prescrito o que dizer” (João 12:49).
“As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo;” (João 14:10).
Se nos gabarmos de ter aprendido por nós mesmos, se dissermos que todo descobrimento que fazemos é nossa obra sem nenhuma outra ajuda, em última instância, só exaltamos nossa própria reputação e nosso próprio eu.
Mas, além disso, Jesus estabelece uma verdade universal da vida!
Diz que só o homem que faz a vontade de Deus pode entender os ensinos de Deus.
Agora, esta não é uma verdade teológica, mas uma verdade universal.
Aprendemos fazendo!
Um médico pode aprender a técnica da cirurgia lendo livros de texto. Pode saber, em teoria, como realizar todas as operações possíveis. Mas isso não o torna cirurgião; deve aprender cirurgia praticando operações, deve aprender fazendo!
Alguém pode saber como funciona o motor do automóvel; em teoria, pode ser capaz de efetuar todos os acertos e ajustes possíveis; mas isso não o torna engenheiro; deve aprender fazendo!
O mesmo acontece com a vida cristã. Se esperarmos até ter compreendido tudo, jamais começaremos. Mas se começarmos por fazer a vontade de Deus tal como a conhecemos, sua verdade ficará cada vez mais clara para nós. Aprendemos fazendo!
Lembremos que esta passagem deveria vir depois da cura do homem paralítico.
Jesus foi acusado de maldade por ter curado a alguém no dia de sábado.
Agora porém ele deixa claro que não houve nenhum tipo de maldade em sua ação!
Antes de analisar esta passagem detalhadamente, devemos assinalar um elemento. Devemos imaginar esta cena como uma discussão entre Jesus e as autoridades judaicas rodeadas pela multidão. A multidão ouve o desenvolvimento da discussão. Jesus se propõe justificar sua ação ao ter curado o paralítico no sábado, pelo qual desobedeceu a Lei sabática. Começa afirmando que Moisés lhes deu a Lei do sábado e que, no entanto, nenhum deles a observa de modo absoluto e literal. Em seguida veremos o que quis dizer com isto. Se ao curar um homem Ele desobedece a Lei, por que eles, que também desobedecem a Lei sabática, querem matá-lo? Neste momento, é a multidão que interrompe com a exclamação: "Estás louco!" e a pergunta: "Quem quer te matar?"
A multidão ainda não percebeu o ódio maligno de suas autoridades: ainda não sabem nada dos planos para eliminá-lo. Lembremos que esta passagem pertence em realidade ao capítulo 5 e não ao 7. Crêem que Jesus tem uma mania persecutória, que sua imaginação está perturbada e sua mente alterada; e crêem todo isso porque não conhecem os fatos. Jesus não respondeu à pergunta da multidão. Em realidade não se tratava de uma pergunta; era a interjeição de um espectador. Jesus prossegue com a exposição de seu argumento.
Seu argumento é o seguinte. A Lei dizia que era preciso circuncidar os meninos no oitavo dia do nascimento. “E, no oitavo dia, se circuncidará ao menino” (Levítico 12:3). É evidente que com freqüência o oitavo dia caía no sábado. E a lei estabelecia com toda clareza que "podia-se fazer todo o necessário para a circuncisão no sábado." Isto está expresso com as mesmas palavras na Mishna que é a codificação da Lei dos escribas.
De maneira que o argumento de Jesus expressa o seguinte:
"Vocês dizem que observam com exatidão a Lei que receberam de Moisés. Dizem que observam a Lei que expressa que não se pode fazer nenhum trabalho no dia de sábado, e com o título de trabalho vocês incluíram todo tipo de atenção médica que não seja necessária para salvar uma vida. E entretanto, vocês mesmos permitiram que se leve a cabo a circuncisão no dia de sábado. Agora, a circuncisão são duas coisas. É uma atenção médica a uma parte do corpo de um homem, e o corpo tem duzentas e quarenta e oito partes. (Esse era o cálculo que faziam os judeus.) Mais ainda, a circuncisão é um tipo de mutilação; implica tirar algo do corpo. Como podem me culpar com razão por curar todo o corpo de um homem; e como podem me culpar por tornar o corpo de um homem em algo são e completo quando vocês mesmos o mutilam no dia de sábado?"
Trata-se de um argumento extremamente elaborado e inteligente. Se for legal fazer uma operação que mutila o corpo no dia de sábado, não pode ser ilegal levar a cabo uma operação que cura o corpo.
De maneira que Jesus termina dizendo que busquem olhar além da superfície das coisas, que busquem julgar com justiça; e se o fazem já não poderão acusá-lo de quebrantar a lei.
_Pr. Thiago G. Sanchez_
CONTINUA...