Autor: Pr. Thiago G. Sanchez
[Versão Bíblica Utilizada Será A King
James Atualizada]
Verso 1 diz: Porquanto, ESSE
MELQUISEDEQUE, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao encontro
de Abraão, quando este voltava, depois de haver derrotado os reis, e o
abençoou;
“ESSE MELQUISEDEQUE” de quem já havia
sido falado anteriormente e com quem Jesus foi comparado com relação a
sacerdócio. Capítulos 5:5-10 \ 6:20
Verso 2 diz: para o qual também ABRAÃO
ENTREGOU O DÍZIMO de tudo; em primeiro lugar, seu nome quer dizer “Rei de
Justiça”; em segundo lugar, “Rei de Salém”, que significa, “Rei da Paz”;
“ABRAÃO ENTREGOU [VERBO NO TEMPO PASSADO]
O DÍZIMO” porque reconheceu a legitimidade do sacerdócio deste Melquisedeque
(que era um verdadeiro representante de Deus na terra perante os homens) que
foi na verdade o primeiro rei de Jerusalém, pois Salém é Jerusalém.
Verso 3 diz: SEM PAI, SEM MÃE, SEM
ORIGEM NEM ANTEPASSADOS, SEM PRINCÍPIO DE DIAS NEM FIM DE VIDA; no entanto, por
ser à semelhança do Filho de Deus, ELE PERMANECE SACERDOTE PERPETUAMENTE.
“SEM PAI, SEM MÃE, SEM ORIGEM NEM ANTEPASSADOS,
SEM PRINCÍPIO DE DIAS NEM FIM DE VIDA...ELE PERMANECE SACERDOTE PERPETUAMENTE”
esse Melquisedeque de acordo com a tradição seria o patriarca Sem, o filho de
Noé que era vivo nos dias de Abraão, outros dizem que seria um filho de Sem; o
que precisamos entender é que este Melquisedeque é apresentado dessa forma para
se fazer uma analogia, uma comparação, mas que fique claro que obviamente esse
Melquisedeque não era um ser imortal, um ser de outra dimensão; na verdade esse
Melquisedeque mesmo não tendo sua genealogia registrada e sua morte registrada,
ainda sim ele era um ser humano e que veio sim a falecer; porém, o escritor usa
o detalhe de que não se mencionada nada sobre a origem de Melquisedeque e o seu
fim, dando a entender que o tal não morreu mas permanece vivo; ele não está
dizendo que Melquisedeque não morreu, mas o fato de não se registrar a morte de
Melquisedeque isso dá a entender, mas não significa que seja verdade; pois se
procurarmos na Escritura não encontraremos por exemplo nenhum texto que fale
que Esaú morreu, mas com relação a morte de Jacó nós encontramos, e nem por
isso vamos afirmar que Esaú permanece vivo até os dias de hoje; então o
escritor sabia muito bem que Melquisedeque havia morrido, mas ele usa o fato da
morte deste não ser citada como se este ainda estivesse vivo, para falar
daquele que verdadeiramente vive mesmo após ter morrido, pois ressuscitou e
estando junto de Deus foi estabelecido Sumo Sacerdote semelhante a
Melquisedeque, eterno, e assim Jesus ao ser constituído como sumo sacerdote no
céu, ele entrou no tabernáculo celestial para oficiar como Sumo Sacerdote. Ao
mesmo tempo que se faz uma comparação entre Jesus e Melquisedeque, se faz
também um comparação entre Melquisedeque e Jesus, ambos no tocante a questão da
existência e duração de sacerdócio pessoal; a diferença é que Melquisedeque
morreu ainda que pareça que não por não haver registro algum falando de sua
morte; no caso de Jesus este até morreu mas ressuscitou dos mortos há registro
disso, subiu ao céu e há registro disso, e hoje está na condição de Sumo
Sacerdote eterno no céu e há registro disso; Sendo assim, Jesus é maior que
Melquisedeque; Jesus não é Melquisedeque; Melquisedeque não é Jesus.
Verso 4 diz: Considerai, portanto, como
ERA GRANDE ESSE HOMEM a quem até mesmo o patriarca Abraão entregou todo o
dízimo dos despojos!
“ERA GRANDE ESSE HOMEM” Melquisedeque ERA
grande e o próprio Abraão reconheceu isso e demonstrou isso através do ato de
entregar o dízimo dos despojos aquele que Abraão reconheceu ser grande, maior,
por se tratar de um sumo sacerdote, um homem representante legal de Deus na
terra e diante de Abraão.
Verso 5: diz: Ora, os que dentre os
filhos de Levi RECEBERAM o sacerdócio TÊM O MANDAMENTO DE RECOLHER, de acordo
com a Lei, os dízimos do povo, isto é, dos seus irmãos, ainda que tenham todos
estes descendido de Abraão;
“RECEBERAM
[está no tempo passado” mas na ACF2007 consta recebem [no tempo presente]; a
palavra grega é lambano, e significa: pegar, pegar algo para ser carregado,
levar sobre si mesmo; então pode se traduzir no tempo passado ou presente; a
KJA traduz colocando no tempo passado, a ACF2007 traduz colocando no tempo
presente; mas ambos estão corretos, porque eles receberam no princípio o
sacerdócio, carregavam sobre si o sacerdócio e continuavam até esse presente
momento em que a carta foi escrita carregando sobre si pois o Templo em
Jerusalém ainda não havia sido destruído no ano 70 d.C. Sendo assim, esse
argumento que dízimo é coisa da lei é uma inverdade, até porque o que mudou foi
a aliança em si, uma aliança deu lugar a outra aliança, e não a torah em, o
máximo que ocorreu foi uma alteração na torah concernente a lei do sacerdócio e
a lei dos sacrifícios de animais especificamente pelo pecado; porque o próprio
Deus disse que na nova aliança ia introduzir a Sua Torah no interior do povo
dEle e não que Ele iria fazer com que Sua Torah fosse de alguma forma eliminada
como manual de instrução, fé, e prática; o evangelho não substitui a torah; o
evangelho é uma explicação sobre a forma correta de se obedecer a torah de
Deus, ou seja, na base que é o amor sincero e prático por meio de obras em
verdade; e como Paulo em suas cartas ensina, a saber, com confiança em Cristo e
em sua obra na cruz, no tocante a justificação, aceitação divina, e salvação.
“TÊM [está no tempo presente] O
MANDAMENTO DE RECOLHER” Os levitas gersonitas, meraritas, coatitas incluindo os
a amramitas dos quais Arão e sua linhagem fazem parte, ele tinham e continuavam
tendo esse mandamento, essa ordem, esse preceito válido, para receber ou
recolher o dízimo destinado por Deus à eles, dízimo esse vindo das mãos de seus
irmãos, na terra de Israel.
Verso 6 diz: contudo, ESTE HOMEM que
não pertencia à genealogia de Levi, recebeu os dízimos de Abraão e abençoou aquele
que tinha as promessas.
A prova de que Melquisedeque era maior
que o Patriarca de Israel (é se é maior que o Patriarca que dirá maior do que
as tribos de Israel, incluindo a própria tribo de Levi em certo sentido e de
certa forma) é que Melquisedeque abençoou Abraão, e Abraão reconhecendo que se
tratava de um representante de Deus não exitou em entregar os dízimos dos
despojos da vitória nas mãos de Melquisedeque que o havia acabado de abençoar
em nome do ETERNO.
Verso 7 diz: Evidentemente, não pode haver qualquer dúvida de que O INFERIOR É ABENÇOADO PELO SUPERIOR.
“O INFERIOR É ABENÇOADO PELO SUPERIOR”
porque maior que o representante do povo judeu a quem Deus fez promessas é
aquele que na verdade é o representante de Deus na terra; por isso Abraão foi
abençoado por Melquisedeque.
Verso 8 diz: NO PRIMEIRO CASO, são
homens mortais que recebem o dízimo; NO OUTRO CASO, entretanto, é aquele de
quem se testifica que vive.
“NO PRIMEIRO CASO” refere-se aos filhos
de Levi que eram homens mortais e por causa disso substituídos após morrerem, e
que receberam de Deus o mandamento, a ordem, o preceito divino, para receber de
forma legal o dízimo.
“NO OUTRO CASO” refere-se não a Cristo em
si, e sim a Melquisedeque, que é dito sem princípio e sem fim de dias por causa
do fato de não haver registro de sua árvore genealógica e sua posteridade; o
escritor sabia que Melquisedeque havia morrido, mas ele pega um detalhe e leva
para um sentido para fazer um paralelo com Jesus com relação a existência,
sacerdócio e superioridade.
Versos 9,10 dizem: E, por assim dizer,
pode-se entender que Levi, que recebe os dízimos, ENTREGOU-OS por meio de
Abraão, pois, quando Melquisedeque se encontrou com Abraão, Levi ainda não
havia sido gerado por seu pai.
“ENTREGOU-OS” Melquisedeque, aquele cujo
a morte e genealogia dos seus antepassados são passados não são mencionados
(dando a entender supostamente que ele não tem princípio nem fim, supondo assim
que se trata de um eterno represente de Deus, alguém cujo sacerdócio seria
igualmente eterno), nesse sentido é maior que Levi porque Levi não é eterno,
logo o sacerdócio levítico não é um sacerdócio eterno, porque os sacerdotes
levíticos são homens mortais; não que Melquisedeque não o fosse; mas a
interpretação que o escritor da carta aos hebreus fez colocou Melquisedeque
como sendo maior que Levi, e o seu sacerdócio como sendo superior ao levítico,
por em certo sentido e de certa forma se tratar de um sacerdócio eterno pelo
fato de não haver registro do princípio e o fim do portador desse sacerdócio;
de certa forma e em certo sentido, até Levi aquele de quem surgiriam os levitas
que receberiam o dízimo em Israel, entregou (por meio de Abraão em quem ainda
estava) o dízimo para Melquisedeque, participando assim, de certa forma, do
mesmo ato de Abraão já que estava em Abraão.
Verso 11 diz: Sendo assim, se houvesse
uma maneira de alcançar a PERFEIÇÃO por intermédio do sacerdócio levítico,
considerando que durante sua vigência a Lei foi entregue ao povo, por qual
razão haveria ainda necessidade de se levantar outro sacerdote, conforme a
ordem de Melquisedeque e não de Arão?
“PERFEIÇÃO” do grego teleiôsis, em geral traduzido como perfeição, significa neste caso “alcançar o objetivo” de ser reconciliado com Deus e capacitado a estar eternamente em Sua presença como Jesus mesmo está agora; para que se alcancem este objetivo, eles precisam de fato se tornar “perfeitos”, tendo seus pecados perdoados por Deus, o que jamais poderia acontecer por meio do sacerdócio levítico, pois sangue de touros e de bodes e de novilha não perdoam pecados, não tiram pecados, o que Deus fazia na verdade era suportar com paciência os pecados que se cometiam durante a aliança anterior, pois sabia que chegaria o momento em que a nova aliança seria feita e um sacerdócio perfeito simbolizado pelo sacerdócio de Melquisedeque seria estabelecido capaz de cumprir esse objetivo traduzido como perfeição, através de um sacrifício perfeito oferecido pelo pecado por meio do qual o pecado é tirado. Rm 3:24,25 \ Hb 9:11-28 \ Hb 10:1-18
Verso 12 diz: Pois, mudando o
sacerdócio, obrigatoriamente, ocorre também MUDANÇA DE LEI.
“MUDANÇA DE LEI” no grego metathesis
nomos, que muitas versões em português e em inglês traduzem como mudança de
lei; não significa a abolição da torah como um todo; trata-se de algumas
alterações, foi estabelecido a lei de um novo sacerdócio perfeito e eterno
exercido por Jesus no céu, e de um novo sacrifício perfeito único e definitivo
já oferecido pelo pecado. Não fala em abolimento da torah num todo como alguns
erroneamente interpretam esse texto porque isso contraria o que Deus mesmo
falou com relação a torah quando a perfeita nova aliança tivesse seu início. Jr
31:31-34 e que é relembrado em Hebreus 8: ratificado em Hb 8:1-13 \ Hebreus
10:15-17
Versos 13-17 dizem: Porque AQUELE sobre
quem se fazem estas afirmações pertencia a outra tribo, da qual ninguém jamais
havia servido diante do altar; porquanto, é bem sabido que O NOSSO SENHOR
descende de Judá, tribo da qual Moisés nada fala quanto a sacerdócio. E este
fato torna-se ainda mais claro com o surgimento de outro sacerdote à semelhança
de Melquisedeque, não constituído segundo o decreto de um mandamento humano
relativo à linhagem, mas de acordo com o poder de uma vida inextinguível.
Porque sobre Ele está escrito: “Tu és sacerdote para sempre, CONFORME A ORDEM
de Melquisedeque”.
“AQUELE... O NOSSO SENHOR...” Jesus homem
pertencia a tribo de Judá e não a tribo de Levi, por esse motivo ele aqui na
terra, em Israel, não poderia ser um sacerdote no santuário terreno, porque já
havia um sacerdócio ali oficiando, mas ele vai oficiar como sacerdote eterno no
santuário celestial do qual também os sacerdotes levitas não poderiam oficiar;
o sacerdócio eterno de Cristo não é um absurdo porque Cristo ressuscitou e vive
eternamente, assim também o sacerdócio de Melquisedeque (que em certo sentido e
de certo modo é eterno) não é um absurdo, porque Melquisedeque é considerado
como sendo alguém eterno sem fim de dias.
“CONFORME A ORDEM” no grego “kata taxis”
leva alguns a supor que exista uma ordem de sacerdotes da qual Melquisedeque
tenha sido fundador; na verdade existiam sacerdotes sobre a terra no princípio,
ou seja, homens íntegros que representavam Deus no meio do povo que invocava o
nome do SENHOR e ensinava a vontade de Deus aos homens (Gênesis 4:26); e
Melquisedeque que na verdade seria uma referência ao patriarca Sem, o filho de
Noé, foi um desses. Vemos também a menção da presença de sacerdotes no meio do
povo de Israel após o êxodo e antes da instituição dos sacerdotes levitas
(Êxodo 19:22).
Versos 18,19 diz: Assim, O MANDAMENTO
ANTERIOR é anulado por causa de sua fragilidade e inutilidade, pois a lei
jamais conseguiu aperfeiçoar nada, sendo, portanto, estabelecida uma esperança
muito superior, por meio da qual temos pleno acesso a Deus.
“O MANDAMENTO ANTERIOR” trata-se *da
regra concernente ao sistema frágil de sacerdotes* pelo fato de eles, que são
derivados de Levi, serem mortais, bem como inclui a *regra concernente ao
sacrifício pelo pecado* que mostrou sua inutilidade porque não tirava pecado,
não purificava a alma, não agia no profundo da consciência humana com relação
as coisas erradas que haviam feito, por isso não tirava o pecado do
comportamento humano do tais que continuavam a cometer os mesmos erros já que
era só pegar um dentre as centenas de animais que se tinha e entrar para ser
morto em seu lugar; por meio desse sacerdócio levítico e desses sacrifícios de
animais pelo pecado, o ser humano pecador não conseguia principalmente alcançar
o objetivo que hoje na nova aliança por meio do sacerdócio eterno do Cristo
ressurreto para não mais morrer, bem como por meio do derramar do sangue de
Cristo na cruz como o sangue da nova aliança, e, para fazer a expiação pelo
pecado; atualmente ele oficia como intercessor, mediador, medianeiro da mesma
forma como o sumo sacerdote fazia na terra no dia da expiação, mais conhecido
como, yom kippur. Hebreus 5:1-10 \ Hebreus 7:23-28 \ Hebreus 9:18-28 \ Hebreus
10:1-14
Versos 20,21 dizem: E NÃO FOI SEM
JURAMENTO que esse fato se deu! Outros se fizeram sacerdotes sem qualquer
juramento, no entanto, Ele se tornou sacerdote com juramento, no momento em que
Deus declarou: “O Senhor jurou e não se arrependerá: ‘Tu és sacerdote para
sempre’”.
“NÃO FOI SEM JURAMENTO” que se deu o
sacerdócio de Jesus; o sacerdócio levítico sim foi sem juramento; Deus não fez,
com relação ao sacerdócio levítico, o juramento que fez com relação ao
sacerdócio de Melquisedeque, e que aponta para o sacerdócio de Cristo, um
sacerdócio onde Deus prometeu que seria eterno, sem tempo para acabar,
diferentemente do sacerdócio levítico que não é um sacerdócio eterno, e nem os
seus próprios sacerdotes em si são eterno, ao contrário do Cristo ressurreto que
foi ressuscitado para oficiar como sacerdote eternamente.
Verso 22 diz: Jesus transformou-se, por
essa razão, na garantia de UMA ALIANÇA SUPERIOR.
“UMA ALIANÇA SUPERIOR” O fato do
sacerdócio de Cristo ser eterno, o fato de Cristo ser um sacerdócio eterno, o
fato do seu sacerdócio estar de baixo de um juramento divino da parte do
próprio Deus, o fato de na nova aliança a torah externa gravada em tábuas de
pedra ser introduzida na mente e no coração do indivíduo, o fato de o Espírito
de Deus ser por Deus introduzido no interior do povo de Deus capacitando-os com
poder e transformando-os interiormente, e o fato de nesta aliança ser possível
o que na anterior não era possível, a saber, o alcançar a ‘perfeição’ (ou seja,
o objetivo, já explicado no comentário do versos 11), é este conjunto de coisas
que torna a nova aliança (feita por Deus com as duas casas de Israel, e que os
gentios pela fé podem igualmente adentrar neste nova aliança) superior.
Versos 23-25 dizem: Por isso, aqueles
sacerdotes têm surgido em maior número, pois SÃO IMPEDIDOS PELA MORTE DE
CONTINUAR o ministério; contudo, considerando que vive para sempre, Jesus tem
um sacerdócio perene [que não é passado para nenhum outro por ser eterno
permanente]. Concluindo, Ele é poderoso para salvar definitivamente aqueles
que, por intermédio dele achegam-se a Deus, pois vive sempre para interceder
por eles.
“SÃO IMPEDIDOS PELA MORTE DE CONTINUAR”
enquanto os sacerdotes levitas morrem e permanecem na sepultura, Cristo morreu
sim uma única vez, mas ao terceiro dia Deus o ressuscitou d’entre os mortos, e
após a ascensão de Cristo ao céu, este desempenha, sob juramento de Deus, um
sacerdócio eterno, pois Cristo não mais está sujeito a morte; e não somente
isso, como também, por meio deste Cristo (ressurreto para não mais morrer) é
possível o que não é possível por meio do sacerdócio levítico desempenhado por
homem mortais todos sujeitos a morte; ou seja, por meio do eterno sacerdócio do
eterno sumo sacerdote Jesus o Cristo, é possível o acesso pessoal a Deus, bem
como a salvação, coisa que não é possível por meio da lei do sacerdócio
levítico.
Versos 26-28 dizem: Certamente
estávamos necessitados de UM SACERDOTE COMO ESTE: santo, inculpável, puro,
apartado dos pecadores, exaltado acima dos céus. Diferentemente dos outros
sumos sacerdotes, Ele não precisa oferecer sacrifícios dia após dia; que
oferecem primeiro por seus próprios pecados e, somente depois, pelos pecados do
povo. Porque no momento em que ofereceu a si mesmo, realizou esse sacrifício de
uma vez por todas. Porquanto a Lei designa sumos sacerdotes a homens que têm
fraquezas; mas o juramento, que veio depois da Lei estabelece por toda a
eternidade o Filho, QUE FOI APERFEIÇOADO.
“UM SACERDOTE COMO ESTE” Jesus diferente
dos sacerdotes levíticos é diferente em dois aspectos, primeiro ele é diferente
deles porque não precisa oferecer sacrifícios contínuos pelos seus próprios
pecados como os integrantes do sacerdócio levítico precisam; segundo ele é
diferente deles porque após ressuscitar ele permanece vivo pelos séculos dos
séculos oficiando como sumo sacerdote a direita de Deus intercedendo sempre
pelos que reconheceram a legitimidade do seu sacerdócio.
“QUE FOI APERFEIÇOADO” ou seja, Cristo
conquistou e possibilitou o que o sacerdócio levítico e seus sacerdotes com os
sacrifícios de animais não conseguiram conquistar e possibilitar, a saber, a
perfeição cujo significado já foi explicado no comentário do verso 11.
Como podemos ver, o capítulo 7 em nenhum momento o escritor neste capítulo diz que Jesus como sumo sacerdote a semelhança de Melquisedeque que recebeu dízimo de Abraão, hoje em dia recebe os dízimos de forma semelhante a Melquisedeque; o escritor apenas usou o fato de não haver registro sobre a origem e o fim de Melquisedeque juntamente com o fato de Melquisedeque abençoar Abraão que por sua vez ainda entrega o dízimo dos despojos para Melquisedeque, para mostrar a superioridade de Melquisedeque, para mostrar que Melquisedeque era maior que Abraão e que Abraão reconheceu o sacerdócio de Melquisedeque.
A superioridade de Cristo e do Seu
sacerdócio se dá pelo fato de que ele é santo, perfeito, ressuscitou para não
mais morrer, recebeu um sacerdócio eterno ao ser constituído por Deus sacerdote
eterno sob juramento de Deus; e não porque supostamente ele hoje em dia recebe
(como alguns dizem por aí) os dízimos; o que não significa que não devamos ser
generosos e solidários ajudando as pessoas as nossa volta incluindo os nossos
irmãos da família da fé, e ajudar também, seja com 10%, seja com 20%, seja com
30%, etc, a congregação na qual congregamos, onde vemos que ali a obra, o
serviço, é feito ali de forma séria por pessoas sérias, idôneas, sem explorar a
fé das pessoas; e no tocante a contribuição, doação, tal coisa deve ser
entregue com uma alma voluntária, como demonstração de gratidão, como ato de
solidariedade, por amor, com alegria, de boa vontade, exatamente como fez
Abraão, e não motivado por um sentimento mesquinho de barganha; é entregar por
gratidão e no máximo fazer como ele mesmo propões: “faça prova de mim”, que não
significa colocar Deus contra a parede, ou dar com uma mão já com a outra
aberta; o sentido é faça sua parte por amor e em gratidão a Deus, e ao fazer,
deixe Deus ser Deus em sua vida e fazer o que Ele bem sabe fazer. O que Deus
sempre quis e continua querendo que o povo dEle seja é, uma comunidade de
solidariedade entre si principalmente, e isso Deus quis ensinar por meio da
instituição dos dízimos entregues durante seis anos a cada ciclo de sete anos,
a cada espaço de tempo de sete anos; e para solidariedade e generosidade não há
prazo de validade, sendo assim, não se trata de algo que simplesmente foi
abolido na cruz; o princípio espiritual do dízimo permanece e podemos dizer que
10% é o ponta pé inicial para se aprender isso.
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