“A PROFECIA DO APARECIMENTO E DO REAPARECIMENTO DO MESSIAS”
A vinda
do Messias foi profetizada muitos séculos antes em uma formidável profecia dada pelo
Eterno ao profeta Daniel.
No capítulo 2, versos 31 a 45, Daniel registra uma profecia
sobre o florescimento dos futuros Impérios Medo-Persa, Grego e Romano, em um
tempo que, se olhado exclusivamente da ótica humana, seria absolutamente
impossível que a hegemonia do grande Império Babilônico fosse quebrada, tanto é
verdade que em seguida Nabucodonosor vai num ato de afronta fazer uma imensa
imagem toda de ouro da cabeça até os pés, transmitindo a seguinte mensagem: a
Babilônia é um império invencível e indestrutível!
Existe
também o preciso e surpreendente registro profético com respeito aos principais
conflitos, guerras e conspirações que se seguiriam entre o tempo da divisão do
império grego (pós morte de Alexandre, até a sua conquista pelo império romano,
e estão relacionados com o povo de Yisrael, conforme se pode ver No capítulo 8 de seu livro.
Daniel 9:1,2
Jeremias 25:11-12
Jeremias 29:10
O Anjo
Gabriel é enviado, Daniel 9.20-23:
Enquanto
Daniel intercedia fervorosamente pelo seu povo, foi interrompido (v.21). Ele
aparentemente tinha a intenção de orar mais (v.20) quando Gabriel chegou. A
interrupção veio pelo toque da mão do anjo Gabriel (v.21), à hora do sacrifício
da tarde. Isto faz referência ao sacrifício diário da tarde que era oferecido
enquanto o Beit haMikdash (o Templo de Adonai em Yerushalayim) permanecia, mostrando
o profundo desejo de Daniel pelo retorno do cativeiro e pela restauração do
Templo pois estava orando na hora do sacrifício.
Os
versículos subsequentes vão mostrar que os propósitos do envio de Gabriel por
Adonai foram:
a-
Corrigir o entendimento de Daniel quanto ao tempo do estabelecimento do Reino
Messiânico.
b-
Apresentar a revelação de Deus, quanto ao tempo da vinda do Messias.
O Decreto
dos 70 Semanas:
A
profecia entregue por Gabriel a Daniel, de acordo com Daniel 9:24, inicia
dizendo:
"Setenta
semanas estão decretados sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade...".
Neste
versículo, em lugar da palavra semanas, aparece a palavra hebraica shavuim,
plural da palavra shavua. Esta palavra é utilizada nos escritos da Antiga
Aliança como um período de "sete". De acordo com a Strong’s
Concordance, esta palavra pode se referir a um período de sete de qualquer
coisa, seja de dias, ou semanas, ou meses, ou anos, etc, sendo que será o
contexto em si que determinará o significado do período. Aqui, é evidente que
Daniel estava pensando em termos de ANOS - especificamente a respeito dos 70
anos do cativeiro. Como Daniel entendeu, pelos escritos da antiga aliança (escritos estes erroneamente chamado de antigo testamento), que o cativeiro duraria 70
anos, passou a supor também que o Reino Messiânico seria estabelecido depois
destes 70 anos, ou seja, nos seus dias. Mas então veio o anjo Gabriel, para
dizer a Daniel que o Reino do Messias, não viria depois daqueles 70 anos de
cativeiro, mas sim depois de 70 Shavuim (70 Setes), ou seja, pelo contexto,
depois de 70 setes de anos, totalizando um total de 490 anos (70 vezes sete);
mas ainda sim, Daniel deveria ir até o fim conforme pode se ver em Daniel 12:13.
Este
período de 490 anos fora decretado sobre o povo de Daniel -- o povo Judeu, e
sobre a santa cidade de Yerushalayim. A palavra hebraica traduzida por
"decretados" é chatak, que de acordo com a Concordância de Strong,
assume no tempo Niphal (o qual é utilizado neste versículo, com respeito a este
verbo) o significado de "estar determinado".
Nos
capítulos 2, 7 e 8, O Eterno revelou a Daniel o tempo da história da humanidade
em que as nações gentílicas teriam um papel dominante sobre o povo descendência
física de Abraão (chamado de tempo dos gentios). Este longo período, que
começou com o Império Babilônico, irá terminar com o estabelecimento do Reino
do Messias. Então, foi dito ao profeta, que durante todo o tempo dos gentios,
haveria 490 anos que seriam contados para o cumprimento da restauração final de
Yisrael e para o estabelecimento do Reino do Messias no seu reaparecimento.
O ponto
focal deste período de 70 setes de anos seria "o teu povo... (e) a tua
santa cidade". O povo do profeta Daniel é o povo de Israel, e a sua santa
cidade é a cidade de Yerushalayim (Jerusalém). Embora tivesse passado a maior
parte dos seus dias na Babilônia, a mensagem do SENHOR através do anjo era que
a cidade de Daniel era Yerushalayim. Isto mostra que na ótica do Eterno, a
cidade do povo de Yisrael sempre será Yerushalayim, esteja onde estiver.
O
Propósito dos 70 Shavuim, Daniel 9.24:
Verso 24
- Setenta shavuim estão decretados sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade,
para acabar a transgressão, para dar fim aos pecados, para fazer expiação da
iniquidade, para trazer uma Era de Justiça.
Foi dito
a Daniel por Gabriel, que os 70 Shavuim (70 Setes) eram para levar a cabo seis
propósitos:
1º propósito: acabar a transgressão. Isso se dará no
ressurgimento do Messias no fim das 70 semanas onde ocorrrerá o arrebatamento
pois os que forem arrebatados não mais pecarão; e será finalizado plenamente no
momento para se adentrar no Novo Céu e na Nova Terra após o juízo final, na
Eternidade.
2º propósito: dar fim aos pecados. Isso
se dará no Reino Messiânico (veja por exemplo, Ezequiel 36:24-31) após o fim
das 70 semanas; e tal fim se cumprirá plenamente também no momento para se
adentrar no Novo Céu e na Nova Terra após o juízo final, na Eternidade.
3º propósito: fazer expiação da
iniquidade. A palavra hebraica traduzida por fazer expiação é kaphar, e aparece
em vários trechos do Tanach no mesmo tempo verbal (Piel) tendo o mesmo
significado [exemplos: Vayikra (Levítico) 16:10,20,27,34]. Esta palavra tem a
mesma raiz da palavra kippur, conhecida por formar a palavra referente ao
encontro anual com o Eterno (moed) conhecido no Tanach como Yom haKippurim [Dia
das Expiações - Vayikra (Levítico) 23:27 e 25:9], quando o Cohen haGadol entrava
no Kodesh haKadashim (Santo dos Santos) para aspergir o sangue da oferta pelo
pecado sobre o Kapporeth, a favor de toda a nação de Yisrael (ver Vayikra
[Levítico] 16); aprendemos na carta aos hebreus que O Ungido está na condição
de Sumo Sacerdote fazendo contínua intercessão por seus servos, pelo seu povo,
diante de Deus, sendo assim, estamos profeticamente em um período de Yom
Kippur; podemos dizer que o Ungido está atualmente dentro do Santo dos Santos,
na presença do ETERNO, e dela sairá no fim das 70 semanas onde ocorrerá o seu
ressurgimento.
4º propósito: trazer uma Era de
Justiça. A palavra traduzida por Era é olam e embora também possa significar
algo para sempre, é melhor traduzida aqui por Era, na medida que esta Era de
Justiça a respeito da qual o trecho se refere é a própria Era Messiânica (ou
Reino do Messias), confirmado pelos profetas (ver por exemplo Isaías 11:1-9, a
respeito do futuro Reino do Messias, descrito no trecho como um Reino firmado
na Justiça). É exatamente esta Era Messiânica que Daniel esperava ver
estabelecida ao fim daqueles 70 anos de cativeiro, sendo-lhe revelado, no
entanto, que ela viria somente após a contagem de 490 anos proféticos.
*5º propósito: selar a visão e a
profecia. A palavra hebraica traduzida por selar, a saber, a palavra chatam,
transmite a ideia, pelo contexto, de cumprir completamente ou fazer cessar.
Assim, a visão e a profecia serão completamente cumpridas. Chegará o dia que
todas as profecias da Palavra de Deus serão cumpridas e por isso, elas cessarão;
isso se dará no fim das 70 semanas e mais plenamente no momento que se adentrar
na eternidade em o Novo Céu e a Nova Terra pós juízo final.
*6º propósito: ungir o Santo dos
Santos. Certamente que isso é uma referência ao Beit haMikdash (Templo) que estará
no seu devido lugar quando o Messias estiver reinando sobre a terra no
invencível e indestrutível Reino de Deus (ver Zacaias 6:12-13), e à vinda da
Shekinah (Presença) e da Kavod (Glória) do Eterno para este Templo.
O Início
da Contagem dos 70 Shavuim, Daniel 9.25:
Verso 25
- "Sabe, então, e entende: desde a liberação da ordem para restaurar e
edificar Yerushalayim até Mashiach, Ungido, Príncipe, sete shavuim e sessenta e
dois shavuim..."
Foi dito
claramente a Daniel quando os 70 Setes deveriam começar a ser contados. Gabriel
disse "Sabe, então, e entende: desde a liberação da palavra para restaurar
e edificar Yerushalayim...". Os 70 setes se iniciariam com um decreto
relativo à reconstrução da cidade de Jerusalém. Dos registros históricos e
bíblicos, temos os seguintes decretos relacionados com a restauração do povo
Judeu do cativeiro babilônico:
1) O decreto de Ciro, relativo a
reconstrução do Templo, conforme 2 Crônicas 36:22-23 e Esdras 1:1-4.
2) O decreto de Dario Hispates, conforme
Esdras 6:6-12, que foi uma reafirmação do decreto de Ciro, a fim de que a
reedificação do Templo continuasse.
3) O decreto de Artaxerxes para
Esdras, conforme Esdras 7:11-26, para que a adoração do Templo continuasse.
4) O decreto de Artaxerxes para
Neemias, conforme Neemias 2:1-8, autorizando a reedificação da cidade de
Jerusalém.
Enquanto
os três primeiros decretos estão relacionados com a reedificação do Templo e a
continuidade de sua adoração, o quarto decreto é específico à restauração da
cidade de Jerusalém, donde concluímos que o decreto de restauração da cidade de
Jerusalém do cativeiro babilônico é o de Artaxerxes, em 457a.C, conforme
Neemias 2:1-8. Deste modo, foi com a emissão deste decreto que foi iniciada a
contagem dos 70 Setes.
Os
Primeiros 69 Shavuim (69 Setes), Daniel 9.25:
Verso 25
- "Sabe, então, e entende: desde a liberação da ordem para restaurar e
edificar Yerushalayim até Mashiach, Princípe, sete shavuim e sessenta e dois
shavuim. As ruas e fossos serão reedificados, porém em tempos de aflição."
Os 70
Shavuim (70 Setes) são divididos em três blocos - 7 Setes, 62 Setes e 1 Sete.
Durante o primeiro período de 7 Setes, ou seja, de 7 x 7 = 49 anos, Jerusalém
seria reedificada, porém em tempos angustiosos. O segundo bloco de tempo (62
Setes = 62 x 7 = 434 anos) seguiram imediatamente o primeiro bloco, totalizando
então os dois primeiros blocos 69 Setes = 69 x 7 = 483 anos.
Então a
profecia nos diz que o ponto de fim dos 69 Setes o aparecimento ou surgimento
do: "Mashiach, Ungido Princípe". Assim, esta profecia nos ensina
claramente que 483 anos depois da emissão do decreto para reedificação da
cidade de Jerusalém, um Mashiach estaria aqui na terra; os 483 anos culminam em
27d.C., na morte, ressurreição, e ascensão do Messias, Ungido, Príncipe.
Os
Eventos entre o 69º Sete e o 70º Sete, Daniel 9.26:
Verso 26
- "E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Mashiach e não
estará. E a cidade e o santuário serão destruídos por um povo de um príncipe
que ainda virá, e o fim da cidade será avassalador (como num dilúvio) e até o
(tempo do) fim, guerras e destruições estão determinadas."
Embora o
primeiro e o segundo bloco de Setes tenham sidos subsequentes, a Escritura
ensina que o terceiro bloco de Sete não seguiria imediatamente o segundo bloco.
De acordo com o verso 26, três coisas deveriam ocorrer depois do segundo bloco
de setes e antes do início do terceiro bloco.
A
primeira coisa que a Escritura ensina que ocorreria depois do fim do segundo
bloco de Setes é que o Mashiach, Ungido, seria cortado e já não estaria. A
palavra hebraica traduzida por cortado é karat. Esta palavra assume em outros
trechos da Escritura o significado de morrer e perecer (ver por exemplo
Levítico 17:14). A Escritura é clara ao ensinar que após o fim do segundo bloco
de Setes, Mashiach seria morto.
A segunda
coisa que a Escritura ensina que ocorreria depois é que "a cidade (de
Yerushalayim) e o santuário serão destruídos pelo povo de um príncipe que ainda
virá, e o fim da cidade será avassalador (como num dilúvio)".
O Tanach
está mostrando que a cidade de Jerusalém, que seria reedificada a partir do
decreto que iniciaria a contagem dos 70 Setes, seria destruída, bem como o seu
Templo. Assim, algum tempo depois que o Messias fosse morto, a cidade de
Jerusalém e o seu Templo sofreriam outra destruição.
Nosso
conhecimento de história quanto a este período é historicamente e extremamente
acurado e claro: o povo responsável pela destruição da cidade e do Templo foram
os Árabes revoltosos que compunham o exército do General Tito que contra a
vontade dele e de Roma simplesmente invadiram a cidade de Jerusalém e
destruíram a cidade e o Templo (de acordo com os livros guerra dos judeus, do
historiador judeu Flávio josefo também conhecido como Yosef ben Mattityahu); e esta
destruição ocorreu em 70d.C.,. De acordo com este versículo, o Mashiach deveria
vir e morrer antes do ano 70 E.C. Só deixando claro que o ‘príncipe’, onde se
diz “o povo do príncipe que há de vir” não é Tito e sim o Anticristo, o povo do
anticristo eram aqueles que faziam parte do exército de Tito e que fizeram o
que fizeram com Jerusalém e com o Templo, no ano 70d.C.,.
A segunda
coisa que a Escritura ensina que ocorreria é que "até o (tempo do) fim
guerras e destruições estão determinadas". Isto mostra que depois da
destruição de Jerusalém em 70d.C.,. no tempo que restasse entre o 69º Sete e o
70º Sete, a terra de Yisrael seria caracterizada por um estado de ausência de
shalom, por meio de conflitos e desolações e guerras. Isto seria a preparação
para o fim, o 70º Sete.
O 70º
Sete, Daniel 9.27:
Verso 27 - "E ele confirmará uma aliança (b´rit) com muitos por um sete (shavua), e
na metade do sete ele fará cessar o sacrifício e oferta, e como sobre asas,
(virá) a Abominação desoladora, até que no fim, a destruição venha sobre
ele"
Nesse
período de 7 anos finais das 70 semanas de anos, ocorrerá a aliança de paz
feita pelo anticristo que será muito possivelmente um líder árabe que fará um
acordo de paz entre Israel e os povos árabes ismaelitas que rodeiam Israel e que
vivem em conflito por muitos séculos; Na metade dos 7 anos o acordo será
quebrado, e aí começa a grande tribulação, a grande e singular perseguição
sobre o povo de Deus e muitos juízos divinos serão derramados sobre a terra;
será após estas coisas que ocorrerá o arrebatamento na segunda vinda visível e
gloriosa do Messias na presença dos santos anjos de Deus em direção a Israel.
Repito, será no fim destas setentas semanas de anos proféticas sobre Israel e
sobre Jerusalém, após a plenitude dos gentios houver entrado, que a estátua de
Daniel 2 será atingida nos pés e então cairá por terra, e isso ocorrerá na
vinda gloriosa da Pedra, a saber, no ressurgimento ou no reaparecimento do
Ungido, do Messias, que virá para a grande batalha do Armagedom; e será nessa
decida gloriosa que será realizado o tão aguardado arrebatamento, enquanto o
Messias continua a descer em direção ao monte das oliveiras e aniquilar o
anticristo e seu exército anti-semita no Vale de Megido. Não sabemos o dia nem
a hora que o Messias virá, simplesmente porque não foi revelado o ano exato em
que se iniciará a última semana, se amanhã, se daqui a duas semanas, se daqui a
um ano, se daqui a cinquenta anos, se daqui a cem anos, se daqui a quinhentos
anos, se daqui a mil anos, etc.
Fiquemos
de olho na figueira, fiquemos de olho em Israel, fiquemos de olho no oriente
médio, pois será lá que o anticristo se levantará em alguma parte de todo o
território dominado por Alexandre o Grande e que veio a ser dividido entre seus quatro generais após sua morte ainda jovem!
Mateus 24:32-35 diz: “Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas. Em verdade vos digo que não passará esta geração [a geração da qual ele está falando e não a geração para a qual ele está falando] sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão".
Mateus 24:32-35 diz: “Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas. Em verdade vos digo que não passará esta geração [a geração da qual ele está falando e não a geração para a qual ele está falando] sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão".
Pr. Thiago G. Sanchez
Nenhum comentário:
Postar um comentário