"UMA BREVE ANALISE DA CARTA DE PAULO AOS GÁLATAS CAP. 1 AO 5"
RESUMO CAP 1.
Paulo era um judeu fariseu extremamente zeloso e praticante da Torá; porém, ele já começa esta carta deixando bem claro para os Gálatas que ele não se auto intitulou um emissário; que ele não foi levantado por homens; que seu chamado apostólico foi fruto da graça de D-us, e não fruto do seu merecimento ou esforço próprio; que foi escolhido pelo Messias como seu emissário\apóstolo. V 1-5
Paulo faz também um resumo do Evangelho que ele anunciava: a Morte expiatória do Messias; o perdão dos pecados; a salvação; a obediência a vontade de D-us; a ressurreição. Esse vai ser o padrão que Paulo vai utilizar para confrontar as falsas e “supostas” “boas novas” que estavam sendo anunciadas no meio dos Gálatas. V 6-9
Haviam nessa época alguns no meio da comunidade na Galácia estavam difamando o ministério de Paulo, colocando em dúvida sua autoridade apostólica, e contrariando o evangelho que ele havia transmitido aos Gálatas; Homens infiltrados no meio dos Gálatas estavam, na ausência de Paulo, transmitindo um falso evangelho, ou seja, notícias enganosas e distorcidas, e com isso estavam conseguindo levar muitos dentre aqueles que haviam começado a caminhar na estrada da salvação, a negar a eficiente suficiência do sacrifício salvífico de Cristo, se desviar assim para a perdição. V 10-11
Paulo passou do judaísmo tradicional (literalmente judaísmo; o judaísmo não messiânico) para o judaísmo messiânico. V 12-24
Paulo vai abordar em toda essa carta a veracidade das boas novas de D-us que ele transmitia e vai combater o legalismo que estava sendo introduzido entre os crentes na comunidade na Galácia.
Legalismo é o falso princípio de que D-us concede aceitação às pessoas, considerando-as justas e dignas de estarem em sua presença, com base na obediência delas a um conjunto de regras, e isso a parte de colocarem sua confiança em D-us, sujeitando-se aos cuidados dele, amando-o e aceitando o seu amor por elas.
A lição que extraímos destes versos iniciais nessa carta é:
Como o homem responsável por firmar a comunidade na Galácia no caminho certo, não restou escolha ao emissário Paulo a não ser a de condenar com o uso da linguagem, do modo mais enérgico possível, aqueles que tentavam destruir o que não era apenas o seu trabalho, mas a obra de D-us; esses são aqueles que escolhem desafiar a verdade de modo intencional e por razões egoístas, pregam um evangelho falso e medíocre; estes merecem punição; não podem ser poupados; a condenação de amaldiçoados caso não se arrependam é certa para estes homens.
RESUMO CAP 2.
Existe algo que diferencia ou que distingue a mensagem das boas novas que Paulo transmitia as comunidades gentílicas: A sua insistência enfática de que OS GENTIOS NÃO PRECISAVAM SE TORNAR JUDEUS (DEIXANDO UMA CULTURA E SE UNINDO A OUTRA CULTURA: A JUDAICA) para que pudessem crer no Messias; porém, isso para os judaizantes (judeus tradicionais espiões infiltrados no meio da comunidade da Galácia que estavam conseguindo fazer a cabeça de muitos gentios na comunidade da Galácia) era um grande absurdo; mas Paulo deixa bem claro que os gentios da Galácia (não só eles, mas também todos os gentios) estavam realmente livres disso; e ainda chama isso de jugo de escravidão, e Paulo ainda alerta aos Gálatas por meio dessa carta, ao dizer que tal posicionamento ensinado pelos judaizantes, seria um grave perigo para a verdade das boas novas. V 1-5
A ESSÊNCIA das boas novas proclamada pelo emissário e rabino judeu messiânico Paulo entre os gentios, era a mesma ESSÊNCIA das boas novas proclamada pelos demais judeus messiânicos emissários do Messias, a saber, “que o Messias judeu de Israel morreu pelos pecados, segundo as Escrituras; e ele foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, de acordo com o que diz a Escritura” V 7-9
Paulo no Cap 1 deixou claro ao Gálatas que ele não recebeu as boas novas que ele anunciava de nenhum ser humano nesta terra, ele não as recebeu do rabino judeu não messiânico Gamaliel e de nenhum dos judeus não messiânicos, muito menos dos outros judeus emissários\apóstolos do Messias. As boas novas que Paulo anunciava entre os gentios, ele anunciava da maneira como ele recebera por revelação direta da parte do Messias.
Porém, a circuncisão rapidamente tornou o símbolo de toda a controvérsia no meio da comunidade da Galácia, isso porque (segundo Paulo explica perfeitamente nesta carta) quando um gentio se permite ser circuncidado, ELE SE OBRIGA a obedecer toda a Torá, tanto a escrita quanto a oral; isso quer dizer que, ele ELE SE OBRIGA a se unir ao povo judeu como um judeu, tornando um prosélito.
Paulo deixa claro aos Gálatas por meio dessa carta que era e é errado judaizar os crentes gentios, ao citar um ocorrido em Antioquia entre ele e Pedro nos Vrs 11-21 de Gl Cap 2., onde Paulo relata que deixou claro para Pedro (e agora também para a comunidade da Galácia) que não há diferença entre judeus crentes no Messias e gentios crentes no Messias; não pode haver desprezo; não pode haver preconceito; o judeu continua sendo judeu e o gentio continua sendo gentio. Não há diferença entre ambos porque ambos morreram com Cristo sendo sepultados no batismo de sua morte, e ressuscitaram juntamente com Cristo, justificados e santificados por meio da fé no Messias; porém, um judeu crente no Messias ou um gentio crente no Messias, que tenta obter a justificação por meio do legalismo, por meio do esforço próprio, inutiliza a morte do Messias.
RESUMO DO CAP 3.
Paulo vai energicamente deixar bem claro que os benefícios que os Gálatas haviam experimentado da parte de D-us foi fruto da confiança e fidelidade deles, e não de atitudes legalistas. V 1-5
Paulo cita o exemplo de Abraão e deixa bem claro que Abraão não fez o que fez (obedeceu a instrução de D-us) por mero legalismo; ele obedeceu por que confiou em D-us, e essa confiança (como bem disse o Apóstolo Tiago) foi externada por meio de suas ações em obediência a instrução de D-us. A obediência de Abraão não era fruto de legalismo e sim da confiança deste em D-us. V 6-9
Se os Gálatas cometessem o erro de cair no legalismo eles não só estariam deixando de depositar a confiança e a fidelidade deles no Evangelho, como também estariam se colocando debaixo de todas as maldições da lei, visto que seriam obrigados a guardar toda a lei nos mínimos detalhes (o que é realmente impossível; está fora do nosso alcance); eles deveriam preservar a confiança no Messias e em sua obra realizada na cruz do Calvário. V 10-14
Eles não precisavam se tornar judeus, pois eles em união com o Messias eram filhos de D-us e de Abraão assim como os judeus crentes no Messias. V 26-29
Resumo Cap 4.
Paulo deixa claro que D-us enviou o Messias para proporcionar justamente a liberdade desse espirito de legalismo que a princípio enganava e escravizava tanto judeus quanto gentios (quando meninos no entendimento) se assenhoreando de suas vidas; legalismo esse no qual os judaizantes (falsos irmãos) estavam levando muitos na Galácia a se envolverem e assim caírem da graça; porém, sempre foi pela GRAÇA; desde o princípio foi a GRAÇA de D-us; é a maravilhosa e imeresível GRAÇA de D-us; por isso os Gálatas precisavam se livrar imediatamente desse espirito de legalismo para o qual muitos dentre eles estavam se entregando; pois só assim seriam como Isaque. Vrs 3-5,28-31
RESUMO CAP 5.
Paulo está novamente advertindo os Gálatas a não cometerem o erro de cair no legalismo, se deixando ser circuncidados, pois caso contrário estariam se distanciando de Cristo, inutilizando o sacrifício do Messias, caindo da Graça (pela qual somos salvos por meio da fé\Emuná\confiança no Messias e em sua obra efetuada no madeiro), e literalmente PERDIDOS! V 1-4
O que D-us queria dos Gálatas (não somente deles, como também quer de todos os gentios hoje) era e é a CONFIANÇA depositada no Messias e em sua obra efetuada no Calvário, CONFIANÇA essa, externada ou manifestada por meio de suas 'boas obras', i.e, ações em obediência a Torá\instrução, demonstrando (na prática [obviamente, porque FORAM GRATUITAMENTE justificados é claro!, e, não para serem justificados por seus próprios esforços humanos; pois do contrário estariam cometendo o erro de cair no legalismo!] por meio de suas ações em acordo com sua fé) o amor para com D-us e para o próximo (V 6), tomando é claro o devido cuidado para que essa obediência não vire obra de legalismo por meio de uma motivação interior errada (como já explicado acima entre []; pois isso seria se colocar novamente debaixo do jugo da escravidão do espirito de legalismo. Os gentios da Galácia deveriam tomar cuidado quanto ao legalismo para o qual alguns estavam querendo levá-los por meio de uma persuasão maligna. V 7-10
Os Gálatas porém, deveriam tomar cuidado também para não cometer outro erro grave chamado antinomianismo, que seria o abuso da liberdade recebida, transformando essa liberdade em licenciosidade. A liberdade deveria ser usada\usufruída com responsabilidade pelos Gálatas no Messias, e não como desculpinha esfarrapada, para se inclinar aos desejos pecaminosos da carne reprovados por D-us nas Escrituras; Não somos livres para fazermos o que quisermos, somos livres para escolhermos fazer o certo - a vontade de D-us expressa em sua Palavra, vivendo como pessoas que verdadeiramente foram lavadas e remidas pelo sangue do Messias, verdadeiros filhos de D-us, como pessoas verdadeiramente salvas, como pessoas que foram verdadeiramente justificadas pela fé\confiança no Messias, transformadas pelo poder de D-us através da ação do Ruach há Kodesh (Espírito Santo) em conjunto com a Palavra de D-us em nossas vidas! V 13-21 obviamente que santo santo santo somente um o foi nessa terra: o Messias; porém, nos esforcemos para que com a ajuda divina sejamos amanhã pessoas melhores do que o somos o hoje, façamos isso porque FOMOS justificados, e não para sermos justificados!
Que as ações do gentios crentes no Messias, em obediência a Torá e com a motivação interior correta, testificarem de real e graciosa justificação destes no Messias como resultado confiança destes Nele; fidelidade a D-us nosso Pai, fidelidade ao Messias enviado por D-us por aquilo que ele o fez por no madeiro; é isso que D-us o Pai e o Messias esperam de seus servos e servas nessa terra.
Pr. Thiago G. Sanchez
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