sexta-feira, 16 de agosto de 2019

"O ESPÍRITO DO DEUS SANTO NOS ESCRITOS DA ANTIGA ALIANÇA"


"O ESPÍRITO DO DEUS SANTO NOS ESCRITOS DA ANTIGA ALIANÇA"

OBS. [Extraído do estudo digital da Bíblia Pentecostal, páginas 796,797; PORÉM, EDITADO E ACRESCIDO por mim]

Texto Chave: Jl 2.28,29 "E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e servas, naqueles dias, derramarei o meu Espírito."

I. A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NOS ESCRITOS DA ANTIGA ALIANÇA.

A BÍBLIA DESCREVE VÁRIAS ATIVIDADES DO ESPÍRITO SANTO NOS ESCRITOS DA ANTIGA ALIANÇA:

(1) O Espírito do Santo Deus desempenhou um papel ativo na criação. O segundo versículo da Bíblia diz que “o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas” (Gn 1.2), preparando tudo para que a palavra criadora de Deus desse forma ao mundo.

(2) O Espírito de Deus estava ativo na comunicação da mensagem de Deus ao seu povo. Era o Espírito, por exemplo, quem instruía os israelitas no deserto (Ne 9.20). Quando os salmistas de Israel compunham seus cânticos, faziam-no mediante o Espírito do Senhor (2Sm 23.2; cf. At 1.16,20; Hb 3.7-11). Semelhantemente, os profetas eram inspirados pelo Espírito de Deus a declarar sua palavra ao povo (Nm 11.29; 1Sm 10.5,6,10; 2Cr 20.14; 24.19,20; Ne 9.30; Is 61.1-3; Mq 3.8; Zc 7.12; cf. 2Pe 1.20,21). Ezequiel ensina que os falsos profetas “seguem o seu próprio espírito” ao invés de andarem segundo o Espírito de Deus (Ez13.2,3). Era possível, entretanto, o Espírito de Deus vir sobre alguém que não tinha um relacionamento genuíno com Deus para levá-lo a entregar uma mensagem verdadeira ao povo (ver Nm 24.2).

(3) A liderança do povo de Deus na Antiga Aliança era fortalecida pelo Espírito do Senhor. Moisés, por exemplo, estava em tão estreita harmonia com o Espírito de Deus que compartilhava dos próprios sentimentos de Deus; sofria quando Ele sofria, e ficava irado contra o pecado quando Ele se irava (ver Êx 33.11; cf. Êx 32.19). Quando Moisés escolheu, em obediência à ordem do Senhor, setenta anciãos para ajudá-lo a liderar os israelitas, Deus tomou do Espírito que estava sobre Moisés, e o colocou sobre eles (Nm 11.16,17; ver 11.12). Semelhantemente, quando Josué foi comissionado para que sucedesse Moisés como líder, Deus indicou que “o Espírito” (o Espírito do Deus Santo) estava nele (Nm 27.18). O mesmo Espírito de Santidade [Ruach HaKōdesh] veio sobre Gideão (Jz 6.34), Davi (1Sm 16.13) e Zorobabel (Zc 4.6). Noutras palavras, na Antiga Aliança a maior qualificação para a liderança era a presença do Espírito de Deus Santo.

(4) O Espírito de Deus também vinha sobre indivíduos a fim de equipá-los para serviços especiais. Um exemplo notável, Antes da Antiga Aliança, era José, a quem fora outorgado o Espírito para capacitá-lo a agir de modo eficaz na casa de Faraó (Gn 41.38-40). Note, também, Bezalel e Ooliabe, aos quais Deus na Antiga Aliança concedeu a plenitude do seu Espírito para que fizessem o trabalho artístico necessário à construção do Tabernáculo, e também para ensinarem aos outros (ver Êx 31.1-11; 35.30-35). A plenitude do Espírito do Deus Santo, aqui, não é exatamente a mesma coisa que o batismo no Espírito Santo na Nova Aliança, que se trata de introduzir a pessoa no corpo místico ou seja no corpo espiritual de Cristo na terra para se tornar membro deste e neste corpo místico que é a igreja organismo vivo, podendo a pessoa no mesmo instante receber também algum dom espiritual específico ou não, isso é batismo no Espírito do Deus Santo em si (1 Cor.12.13). Na Antiga Aliança, o Espírito do Deus Santo vinha sobre uns poucos indivíduos selecionados pelo Eterno para servirem ao Eterno de modo especial, e Este os revestia de poder para missões específicas (ver Êx 31.3). O Espírito do Eterno veio sobre muitos dos juízes (que exerciam liderança política, religiosa, e militar), tais como Otniel (Jz 3.9,10). Gideão (Jz 6.34), Jefté (Jz 11.29) e Sansão (Jz 14.5,6; 15.14-16). Estes exemplos revelam o princípio divino que ainda perdura: quando Deus opta por usar grandemente uma pessoa, o seu Espírito vem sobre ela.

(5) Havia, ainda, uma consciência no Antiga Aliança de que o Espírito do Deus Santo desejava guiar as pessoas no terreno da retidão. Davi dá testemunho disto em alguns dos seus salmos (Sl 51.10-13; 143.10). O Espirito do Eterno não vinha e ia de Davi, na verdade habitava nele de forma permanente. De igual modo em Saul a habitação do Espírito do Deus Santo seria algo permanente até o fim de sua vida, se não fosse a teimosia, a obstinação, a rebeldia, a dura cerviz, de Saul. OU SEJA, NÃO FORAM EM TODOS OS CASOS QUE O ESPÍRITO DO ETERNO VINHA E SAIA; HOUVE CASO QUE ELE VEIO E PERMANECEU NO INDIVÍDUO DE FORMA PERMANENTE ATÉ A MORTE DESTE.

(6) Note que, nos tempos do Antiga Aliança, o Espírito do Deus Santo realmente vinha apenas sobre umas poucas pessoas, enchendo-as a fim de lhes dar poder para o serviço ou a profecia. Não houve nenhum derramamento geral do Espírito do Deus Santo sobre Israel. O derramamento do Espírito do Deus Santo de forma mais ampla (Jl 2.28,29; At 2.4,16-18) começou na Nova Aliança que marca o início dos últimos dias. 

II. A PROMESSA DO PLENO PODER DO ESPÍRITO DO DEUS SANTO.

A ANTIGA ALIANÇA ANTEGOZAVA A NOVA ALIANÇA:

(1) Em várias ocasiões, os profetas falaram a respeito do papel que o Espírito do Eterno
desempenharia na vida do Messias. Isaías, em especial, caracterizou o Rei vindouro, o Servo do Senhor, como uma pessoa sobre quem o Espírito de Deus repousaria de modo especial (ver Is 11.1-4; 42.1; 61.1-3). Quando Jesus leu as palavras do livro do profeta Isaías capítulo 61, em Nazaré, cidade onde morava, 
ele terminou dizendo: “Hoje, se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos” (Lc 4.21).

(2) Outras profecias dos Escritos da Antiga Aliança anteviam o período do derramamento geral do Espírito Santo sobre a totalidade do povo de Deus. Entre esses textos, o de maior destaque é Joel 2.28,29, citado por Pedro no dia de Pentecoste (At 2.17,18). Mas a mesma mensagem também se acha em Is 32.15-17; 44.3-5; 59.20,21; Ez 11.19,20; 36.26,27; 37.14; 39.29. Deus prometeu que, quando a vida e o poder do seu Espírito viessem sobre o seu povo, os seus seriam capacitados a profetizar, ver visões, ter sonhos proféticos, viver uma vida em santidade e retidão, e a testemunhar com grande poder. Por conseguinte, os profetas do Antiga Aliança profetizaram sobre o derramamento e a plenitude do Espírito do Deus Santo que viria sobre toda a humanidade que adentrasse na Nova Aliança pela fé. E foi o que começou a acontecer a partir da festa Pentecoste (10 dias depois de Jesus ter subido ao céu).

BIBLIOGRAFIA: 
Texto EXTRAÍDO do estudo da Bíblia de estudos Pentecostal, porém, EDITADO E ACRESCIDO por Pr. Thiago G. Sanchez.

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