quinta-feira, 15 de agosto de 2019

"CONHECENDO UM POUCO SOBRE A PESSOA DE ABRAÃO"


I. A ALIANÇA COM ABRAÃO:

Gênesis 12.1-3

Deus iniciou sua aliança com Abraão quando ele vivia em Ur dos Caldeus, prometendo-lhe terra, descendentes e bênçãos.

Gênesis 15.1-21

A aliança foi ratificada quando Deus passou entre os animais apresentados por Abraão em sacrifício.

Gênesis 17.1-27

Abraão tinha 99 anos quando Deus renovou a aliança, mudando o nome de Abrão para Abraão (“Pai de multidões). Sinal da Aliança: circuncisão.

Gênesis 22.15-18

Confirmação da Aliança devido à obediência final de Abraão.

II. A PROMESSA À ABRAÃO:

Gênesis 12.1-4

Como se pode perceber, o princípio da jornada de Abrão tinha um chamado: Sair da terra da parentela. Mas, também tinha uma promessa.

Gênesis 12.6,7

Logo no início da trajetória de Abrão, a promessa é enfatizada uma segunda vez, e nesse momento de uma forma ainda mais clara.

Gênesis 13.14-17
  
Abrão ouve pela terceira vez a mesma promessa do Eterno de que a sua semente, isto é, seus descendentes biológicos, herdaria a terra.

Gênesis 15.4,5

Pela quarta vez Abrão vai ouvir a mesma promessa de que o Eterno lhe daria um herdeiro.

Gênesis 17.1-8

Abraão tinha 99 anos quando Deus pela quinta vez reafirma a promessa de Abrão teria um herdeiro com Sara sua esposa e que os descendentes desse filho herdaria a terra de Canaã.

Gênesis 17.19

Abraão houve pela sexta vez a promessa de um herdeiro com Sara.

Gênesis 18.9-14

Abraão houve pela sétima vez a mesma promessa.

III. FÉ NO HEBRAICO EMUNÁ E NO GREGO PISTIS:

Abrange:

1. Sentimento positivista (acreditar).

Algum momento antes de Gn 12 quando acreditou que tudo o que existe foi criado por Um Ser Criador que Abrão não via mas que acreditava existir e ser o Criador dos céus, da Terra e de tudo quanto neles há.

2. Confiança. 

Quando Abrão sai de Ur dos Caldeus e inicia sua Peregrinação em direção a terra que lhe seria mostrado ele sai porque confiou Naquele que falara com ele.

3. Fidelidade. 

Quando Abraão por exemplo quase ofereceu Isaque em holocausto sobre o altar no monte do Templo, ele mostrou fidelidade, ou seja, confiança e obediência.

4. Esperança. 

Quando Abraão estava disposto a oferecer Isaque ele tinha esperança que das cinzas este poderia ressurgir pois havia uma promessa; Abraão viu a terra e mesmo não vendo esta ser conquistada pelos seus descendentes através de Isaque, ainda sim ele teve esperança de que um dia isso iria acontecer ainda que ele não estivesse vivo pra ver essa promessa se cumprir.

Apesar de manifestar esses quatro níveis da fé (Emuná e/ou Pistis); Apesar de ser o pai da fé; Apesar de ser um herói da fé; ainda sim, a fé de Abraão foi uma fé em alguns momentos oscilante!

IV. A FÉ DE ABRAÃO OSCILOU EM ALGUNS MOMENTOS:

1. Oscilou quando omitiu parte da verdade por não confiar que Deus não deixaria mal algum acontecer a ele no Egito. 

2. Oscilou quando estava disposto a estabelecer o seu servo Eliezer de Damasco como seu herdeiro.

Ou seja, é errônea a idéia de que Abraão tenha sido considerado justo por causa de uma suposta fé inabalável na promessa do Eterno. Sendo assim, por que, então, a Torá diz que ele foi considerado como justo? A resposta é: Pelo mesmo motivo que ele inicialmente foi escolhido; a saber, por sua capacidade de obedecer ao Criador, independentemente de seus medos, angústias e anseios; Mas afinal, em quê o Abrão ou Abraão obedeceu ao Eterno? A resposta está no começo da narrativa: Abrão estava preste a colocar Eliezer como herdeiro de todos os seus bens, inclusive da terra que o Eterno havia destinado aos herdeiros biológicos de Abrão; Ou seja, quando o Eterno diz “este não será seu herdeiro”, Abrão acata a ordem do Eterno e desiste da ideia de tornar Eliezer seu herdeiro; Por essa razão, por ter ele dado ouvidos à ordem do Eterno, Abrão foi considerado justo mesmo tendo dificuldade de aceitar a promessa.

3. Oscilou quando quis dar uma forcinha pra Deus para que a promessa se cumprisse.

Pr. Thiago G. Sanchez

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