sábado, 10 de agosto de 2019

“URIM E TUMIM”

“URIM V'TUMMIM”

Texto: "E você colocará o Urim V'tummim na couraça do julgamento, e eles estarão sobre o coração de Arão quando ele vier perante D'us." Êxodo 28:30

[INFORMAÇÃO OBTIDA ATRAVÉS DO INSTITUTO DO TEMPLO EM JERUSALÉM]

I. O "Urim V'Tummim" é o nome de Deus:

O Urim V'Tummim era o aspecto famoso, em forma de oráculo, do peitoral, pelo qual uma resposta celestial era recebida para perguntas importantes. 

De acordo com a maioria das opiniões autoritárias, a expressão urim v'tummim na verdade não se refere ao peitoral em si, mas ao nome Divino Sagrado do ETERNO, que foi escrito em um pedaço de pergaminho e inserido em uma aba da vestimenta, [dentro do peitoral]. 

A presença do nome [concedia a] orientação Divina através do brilho de letras específicas nas pedras [do peitoral composto por 12 pedras preciosas].

É o nome Divino Sagrado do Eterno em si que que fazia a iluminação de pedras específicas para transmitir resposta. 

Urim v'tummim não se trata de algo criado por mãos de habilidosos homens artesãos que criaram os outros itens auxiliados por sua compreensão e inspiração. 

Todo o assunto é um desses mistérios que foi transmitido a Moisés no Monte Sinai pelo próprio D'us, e seu segredo foi transmitido oralmente através das gerações.

Na época do Tabernáculo original erigido no deserto, Moisés tomou o original urim v'tummim, escrito em sublime santidade, e colocou-o dentro do peitoral do juízo, depois que Arão vestiu o éfode. 

Isto é refletido pelo versículo (Lv 8:6-8), "... e ele colocou o éfode sobre ele, e ele o prendeu com o cinto do éfode ... e ele colocou o peitoral sobre ele, e no peitoral ele colocou o urim v'tummim ".

II. Apenas questões de importância congregacional:

O processo de questionar pela ajuda Divina com o Urim V'Tummim 'foi feito da seguinte maneira: Quando surgia uma questão que afetaria toda a congregação de Israel - como, por exemplo, a questão de sair ou não sair para a guerra - então, o rei de Israel (ou o comandante do exército) faria sua pergunta diante do sumo sacerdote. 

Uma pessoa comum, ou alguém que não representa toda a comunidade, não perguntaria sobre o urim v'tummim.

O que estava buscando resposta do Divino perguntava por exemplo: "Devo sair para a batalha ou não devo sair?"

III. Uma experiência meditativa e uma revelação profética:

O Sumo Sacerdote era imediatamente envolvido pelo espírito da inspiração Divina. Ele olha para o peitoral e, meditando no Santo Divino Nome do Eterno, o sacerdote recebia a resposta através de uma visão profética - as letras consonantais nas 12 pedras do peitoral, que brilhavam em seus olhos de uma maneira especial, transmitindo assim a resposta para a pergunta feita baixinha que só Deus ouvira. 

O Sumo Sacerdote então informava a resposta que ele deveria discernir através das consoantes que haviam sido iluminadas, formando palavra, nome, ou frase.

IV. O significado das palavras "urim v'tummim":

De acordo com o comentário do famoso Rashi, estas palavras são derivadas de suas raízes hebraicas para "luzes" e "perfeições", já que através do urim v'tummim, a questão é iluminada através das letras e seu assunto é aperfeiçoado pelo Sumo sacerdote. O Talmud (BT Yoma 73: B) também indica que a mensagem que foi recebida foi chamada tummim, "perfeita", porque era imutável.

CONSTA NA REVISTA MORASHÁ ANO XXI – SETEMBRO 2014 – NÚMERO 85, que, os sábios contam que quando Ana abria seu coração para o Eterno no Santuário em Siló, o Sumo Sacerdote Eli pensou que Ana estivesse bêbada isso se deu porque ele havia consultado o Urim E Tumim buscando uma resposta e quatro letras haviam se acendido: Shin, Resh, Kaf, Hei. Por isso Eli supôs que as letras deveriam soletrar a palavra Shikorá – bêbada. Mas, na realidade, as letras deveriam ter-se alinhado para soletrar a palavra KeSará – como Sara. As pedras na verdade estavam indicando à Eli que a mulher que estava diante do Tabernáculo era como a Matriarca Sara, pois Ana era estéril e orava pedindo um filho, assim como a Matriarca Sara que também era estéril. As quatro letras ou consoantes significavam também Kesherá – ela é digna. O Gaon de Vilna explica que o erro de Eli em ler os Urim e Tumim indicava que a Divina Providência o havia destituído de Inspiração Divina naquele momento.

Bibliografia:
Texto obtido através do Instituto do Templo de Jerusalém, compactado e levemente acrescido por Pr. Thiago G. Sanchez. 

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