quinta-feira, 6 de junho de 2019

"FESTA DOS TABERNÁCULOS" (DUAS EM UMA)



"FESTA DOS TABERNÁCULOS"

Texto: João 7:2,37

Falaremos por meio deste estudo sobre a festa de Sucot (moradas temporárias).

Esta é uma das três festas de peregrinação.

Os homens judeus deveriam se deslocar para a Cidade de Jerusalém.

Eram ao todo 7 dias + 1.

Essa festa começa no dia 15 do sétimo mês, o de Tishre, do calendário do povo de Israel (final de setembro e começo de outubro do calendário ocidental gregoriano); 5 dias após o dia da expiação conhecido como Yom Kippur que se dá no dia 10 de Tishre.

Detalhes sobre a festa de Sucot encontram-se em:

Levítico 23:33-44
Números 29:12-40
Deuteronômio 16:13-16


O 1º e o 8º dia da festa eram solenes, classificados como shabat, sábado feriado nacional.

Nestes 8 dias determinado número de sacrifícios eram oferecidos:

1º dia oferecia-se 30 sacrifícios.
2º dia oferecia-se 29.
3º dia oferecia-se 28.
4º dia oferecia-se 27.
5º dia oferecia-se 26.
6º dia oferecia-se 25.
7º dia oferecia-se 24.
8 dia oferecia-se 10.


Somando tudo chegamos ao número de 199 sacrifícios oferecidos nestes 8 dias!

Nestes dias festivos habita-se em cabanas feitas com folhas de palmeira, parcialmente abertas para o céu, a fim de relembrar a providência de Deus durante os 40 anos de peregrinação no deserto e vivendo em Tendas.

Para celebrar ou observar a festa, as pessoas levavam ao Templo um Etrog (cidra) fruta cítrica, representando o fruto da terra prometida, e balançavam folhas de LuLav (palmeira, murta, e salgueiro) juntas.

Para quem diz que as festas de Deus devidamente ligadas a Cristo é coisa só pra judeus, é bom ler e entender corretamente o que Paulo escreveu em: Colossenses 2:16,17

Sombra em Colossenses 2 não é empregado por Paulo no sentido pejorativo como muitos teólogos erroneamente supõem; pois tais festas não são rudimentos do mundo mas sim festas de Deus para o povo dele com significado não só histórico como também e principalmente com significados proféticos!

As festas de Deus desconectadas de Cristo são apenas festas dos judeus; mas quando unimos a sombra ao corpo aí estas festas são as festas de Deus, assumindo papéis proféticos e rompendo barreiras ou fronteiras.

Para quem vai na onda do herege Marcião que começou com a heresia de chamar as Escrituras Divinamente inspiradas por Deus de antigo e/ou velho testamento, recomendo uma leitura que fala sobre a era messiânica milenar de Cristo sobre a terra após seu retorno glorioso, e que se encontra em: Zacarias 14:16-19

E quem gosta de ficar fazendo distinção entre judeu e gentio nos dias atuais recomendo um debruçar sobre:

Jeremias 31:31-34
Romanos 2:13-29
Efésios 3:3
Colossenses 2:11
Colossenses 3:11
Gálatas 3:28,29
Romanos 9:1-5
Efésios 1:11,12
Romanos 11:11-32


A festa de Sucot (tabernáculos) também celebra a colheita que chega no final do verão; a festa é celebrada após a colheita.

Quando unimos ou conectamos esta festa, à pessoa de Cristo, ela passa a ter pelo menos um importante significado profético para o povo de Deus, que apesar de ser hoje composto por pessoas de todas as nacionalidades crentes em Deus e em Cristo), ainda sim para Deus são um só povo em Cristo, sem distinção de raça ou nacionalidade ou sexo. Mateus 24:29-33

A festa de Sucot (tabernáculos ou cabanas) nos arremete para esse acontecimento futuro.

Após a colheita do arrebatamento na vinda visível e gloriosa de Jesus, a festa de Sucot (Tabernáculos) será celebrada em Jerusalém anualmente durante os 1.000 anos.

O último dia da festa, citado em João 7:37, se trata do dia sétimo e não do oitavo dia.

O sétimo dia era o grande dia da festa, era o climax da festa!

Durante os sete dias da festa, um sacerdote especial ia ao tanque de Siloé (hb. Shiloach = O Enviado) para apanhar água e levá-la dentro de um cântaro de ouro até o Templo em Jerusalém, para então tal água ser totalmente derramada em uma bacia aos pés do altar pelo sumo sacerdote.

Esse derramar simbolizava oração por chuva, a qual começa no dia seguinte.

Esse derramar também aponta para o derramar do Espírito Santo de Deus.

No sétimo dia da festa de Sucot, o sacerdote que ia ao Tanque de Siloé retornava com aqueles que o acompanhavam, ele retornava acompanhado pelo grupo de sacerdotes tocando trombetas de douradas, pelo grupo de levitas cantando cânticos sacros, e pela multidão de pessoas comuns dançando e balançando suas LuLavs e recitando os salmos 113 ao 118.

Um dos textos que os sacerdotes cantavam em hebraico era Isaías 12:3

"Usheavetem Maym Besason Mimaayeney Hayeshuah"

"e vós com alegria tirareis águas das fontes de salvação"

Quando o sacerdote entoava isso durante o derramar da água do tanque de Siloé, Jesus abre a boca, e declara aos ouvidos de toda a multidão que acompanhava todo esse momento festivo, o que está registrado em: João 7:37-39

Daí fazemos conexão a outros textos nas Escrituras:
Isaías 44:3 / Isaías 55:1 / Isaías 58:11

Veja também:
João 4:10-14 / Ap 21:6 / Ap 22:17

Se a igreja de Cristo entendesse essa riqueza acredito que jogaria por terra todo pré-conceito existente com relação as festas de Deus e as celebraria focando no seu significado profético ao conectar tais festas a Cristo, unindo a sombra ao corpo!

O mal do cristão é achar que quando se fala sobre celebração das festas de Deus é porque está querendo judaizar a igreja, ou fazer proselitismo; sendo que não é nada disso!

ENTENDA:

As festas sem Cristo, ou seja, a sombra sem o corpo, é simplesmente uma festa dos judeus. João 5:1 / João 6:4 / João 7:2

As festas com Cristo inserido nelas ou conectado a elas, a sombra unida ao corpo, é a festa de Deus, sem barreira, sem fronteira. Levítico 27:2 / Ezequiel 44:23,24

Tabernáculos é uma festa de ação de graças por tudo, não se limitando ao passado, mas abrangendo também o futuro!


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"FESTA DE SUCOT - ÁGUA E LUZ"

João 7:1,2,8,13,14,36-40

Sucot (ou Tabernáculos ou Cabanas) era a festa que estava sendo celebrada nesse momento.

A festa do Sucot é o cenário para os capítulos 7 e 8 do Evangelho que leva o nome de João.

Sucot começa no dia 15 de Tishri (sétimo mês do Calendário hebraico). 

Começa cinco dias após YOM KIPPUR (dia da expiação).

Relembra os quarenta anos peregrinando no deserto e vivendo em tendas após a saída do Egito.

Sucot dura 7 dias. 

O sétimo dia da festa de Sucot era o seu clímax. 

Um oitavo dia foi adicionado de descanso.

Ao todo 199 animais perfeitos eram sacrificados por ordem de Deus (conforme Nm 29:12-40) eram oferecidos ao todo, nesses 8 dias.

71 bezerros/novilhos.
15 carneiros. 
105 cordeiros. 
8 bodes como oferta pelo pelo pecado, para expiação.

Através dos 7 dias da festa, um sacerdote especial carregava água do tanque de Siloé, num cântaro de ouro, seguido de uma procissão; um cântico era entoado (Is 12:3); o sacerdote derramava a água numa bacia aos pés do altar (e isso simbolizava uma oração por chuva e também apontava para o derramar do Espírito Santo sobre o povo de Israel [Is 44:1-3]), os sacerdotes também tocavam trombetas douradas, levitas cantavam cânticos sacros e as pessoas comuns balançavam suas lulavs e recitavam os salmos 113 ao 118.

Foi por meio desse derramar de águas e tocar das trombetas, e balançar das palmas, desse cântico dos salmos, dessa alegria extasiante por parte das pessoas buscando o perdão, e na presença de todos os 24 turnos do sacerdócio, que o Senhor Jesus exclamou nos átrios do Templo em Jerusalém: "Se alguém tem sede, venha a mim e beba!"

Jesus estava declarando em bom som de alta voz: "Eu sou a resposta para as suas orações!" E tais palavras em meio a todo esse ritual do Templo, não foi mal compreendido.

Ele fez outra declaração bastante adequada à festa de Sucot, ainda no último dia da festa de Sucot. João 8:12 "Eu sou a luz do mundo..."

Essa declaração é especificamente adequada à festa de Sucot, pois, de acordo com a Mishnah, no Templo:

"Havia quatro Menorás (candelabros) de ouro no topo de cada um deles, e quatro escadas levavam aos recipientes. Quatro sacerdotes fortes e jovens subiam com jarros contendo cada um deles 9 litros de azeite, o qual era derramado nos recipientes. Dos puxadores e cintos dos sacerdotes eles faziam pavios, e com eles acendiam as Menorás (os candelabros), e não havia nenhum cidadão de Jerusalém que não fosse iluminado pela luz do Beit-HáSho'evah (festividades). Os homens piedosos e homens com boas obras dançavam ao redor das Menorás (dos castiçais) com todas as tochas acessas em suas mãos, cantando canções e louvores, enquanto os levitas tocavam harpas, liras, címbalos, trombetas e outros inumeráveis musicais..." (Sukkah 5:2-4).

É dito que as Menorás tinham cerca de 22 metros de altura (Sukkah 52b).

Assim a festa do derramar das águas era acompanhada por luzes brilhantes e dança, pois Sucot é especificamente festa de júbilo. 

Como antes, quando as águas de Siloé eram derramadas e Jesus usou a ocasião para convidar as pessoas para virem a ele e beber, agora ele usa o fato de que a festa é acompanhada pelo brilho da luz para anunciar "Eu sou a luz do mundo!", adicionando uma promessa com implicações tanto para essa vida como para a eternidade.

A festa de Sucot está praticamente ligada ao destino dos gentios, pois Zacarias escreve o seguinte: Zc 14:16-19

Isso se refere à Era Messiânica, após o mundo inteiro vir contra Jerusalém e ser derrotado. Isso deverá ocorrer após a segunda vinda do Senhor Jesus o Messias, O Filho de Deus. 

Levítico 23:39-43 (obs. v 40 ler na Torah) 

Significados:

Etrog - um tipo de cidra (parece um limão só que amarelo) amarela que tem paladar e aroma bons; simboliza todo aquele que tanto estudam as palavras de Deus como praticam boas ações.

Ramos de lulav (Tâmara, Palmeira) - Tem sabor mas não tem cheiro; simboliza aqueles que estudam mas não praticam as boas ações nelas ensinadas.

Ramos de murta - Tem cheiro bom, mas não tem sabor; simboliza todos que possuem boas ações mas não estudam.

Ramos de salgueiro - Não tem cheiro nem sabor; simboliza todos que carecem tanto de estudar como de praticar boas ações.



Bibliografia:

Thiago G. Sanchez, servo, Pr.

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